Pandemia faz 63% das empresas terem queda brusca no faturamento

Foram divulgados nesta segunda-feira (05), dados sobre os impactos da crise sanitária dentro das atividades das empresas. Este estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), identificou que 63% das empresas perceberam uma queda brusca no faturamento desde o início da pandemia.

Além disso, 72% das empresas perceberam redução na clientela, devido à restrição da circulação imposta no período de crise sanitária. Além de que, cerca de 70% dos entrevistados não tiveram a necessidade de recorrer a financiamentos e empréstimos.

Em outro momento, o estudo demonstrou que a situação antes da pandemia se mostrava favorável para o comércio e as empresas. Sendo assim, apenas 14% dos empresários entrevistados afirmaram passar por períodos de dificuldades antes da chegada da pandemia, além de que 54% alegaram condição estável no faturamento.

Para auxiliar na retomada financeira, a Fecomercio-SP orienta a redução de custos,  reavaliação de contratos e que recorram a empréstimos ou financiamentos. Para assim, aumentar o capital de giro e impulsionar os negócios, se livrando de algumas dívidas antigas.

Quando questionados sobre quais medidas estatais se demonstrariam mais efetivas, 56% da população entrevistada apresentou interesse na renegociação de prazos de impostos. Enquanto 44% prefere esperar uma redução de juros em cima de empréstimos já realizados.

Reflexo nas empresas em 2021

Uma outra pesquisa, realizada pela Serasa Experian, ajudou a compreender melhor o estudo realizado pela Fecomercio-SP. Segundo a pesquisa da Serasa, o Brasil já perdeu cerca de um terço de todas as pequenas e microempresas. Ao todo, no ano de 2020, foi declarado falência em mais de 500 mil negócios deste porte. Enquanto, nos meses de Janeiro a Abril de 2021, o país declarou 139 mil empresas fechadas.

Além disso, esta porcentagem não se diferencia quando o assunto são as médias empresas. No ano passado, cerca de 125 mil empresas deste tipo declararam falência, e nos 4 primeiros meses do ano o país já alcançou 27% do limite anterior, 34 mil companhias já fecharam as portas no começo do ano de 2021.

Já em relação às grandes empresas, no ano de 2020, foram 64 mil firmas deste porte falidas e nos quatro primeiros meses já alcançamos quase um quarto deste valor, totalizando 13 mil registros. No total, cerca de 325 mil negócios declararam falência nos primeiros 4 meses do ano. Ao se considerar que ao longo de 2020, 690 mil empresas declararam falência, portanto o Brasil já alcançou quase metade dos valores obtidos no ano anterior.

Medidas que auxiliaram a conter novas decadências

Ao analisar a pesquisa, podemos observar que, várias medidas adotadas pelo poder público, ajudaram a evitar um impacto muito maior por consequência do período pandêmico. Assim, o efeito obtido por essas medidas é bem explícito, quando analisamos o número de empresas entrando em recuperação judicial. No ano de 2019, foram 1,25 milhão de empresas, já no ano de 2020 o número alcançado foi de 921 mil, cerca de 27% menor em relação ao ano anterior.

Dentre as medidas tomadas pelo poder público, estão a postergação do parcelamento de tributos, a aprovação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criada para auxiliar as pequenas e microempresas na recuperação de seus negócios,  e por fim a suspensão da folha de pagamento.

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