A rede Ethereum, co-fundada em 2015 por Vitalk Buterin e mais oito outros cofundadores, incluindo Joseph Lubin da ConsenSys, Gavin Wood da Polkadot e Charles Hoskinson da Cardano, se tornou a segunda maior rede de criptomoedas do mundo e ao que tudo indica, está finalmente realizando movimentações para chegar ao topo do ranking das criptomoedas.
De acordo com os dados disponibilizados pela Coin Metrics, o mês de maio demostrou um grande volume de transações na rede, bem. como a aumento exponencial da receita de mineração da Ethereum, que atingiu recordes históricos. Para se ter uma ideia, o volume ajustado da rede Ethereum subiu para US $666 bilhões, representando um aumento de 92,7% em relação ao mês de abril.
Conforme observado por Lars Hoffmann do The Block, maio representou a primeira vez que o número de volume na cadeia para Ethereum ultrapassou o de Bitcoin. O volume on-chain do Bitcoin diminuiu 8,9% em maio, passando de US $446,9 bilhões em abril para US $407,3 bilhões.
Como resultado, os mineradores de Ethereum obtiveram uma receita recorde no mês maio, superando o resultado obtido pelos mineradores de Bitcoin. Segundo os dados da empresa de inteligência cripto-financeira, a mineração de ETH arrecadou US $2,35 bilhões em um mês, contra US $1,45 bilhão na mineração de BTC. Desse modo, em comparação com o mês de abril, a receita dos mineradores de Ethereum obteve um aumento de 42,4%.
Os dados são impressionantes. A última vez que as receitas dos mineradores de Ethereum excederam as dos mineradores de Bitcoin foi em fevereiro desde ano, quando a mineração de ETH de faturou US $1,37 bilhões contra US $1,36 bilhão da mineração de BTC.
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Motivos para o aumento
Durante meses o Bitcoin ficou abaixo das máximas de todos os tempos, enquanto o Ether atingiu novas máximas, acima de $4.100. A distanciamento cada vez menor entre as duas criptomoedas parece estar cada vez mais perceptível pelo mercado. No acumulado dos últimos 12 meses, o Ether registra alta de 964%, enquanto o Bitcoin tem 284% de valorização
Além disso, a rede Ethereum experimentou novamente um aumento repentino em sua carga de trabalho (PoW), levando a um aumento acentuado nas comissões, ou seja, a disponibilização do poder de computação que valida as transações na rede ERC-20. Como resultado, os mineradores de ETH ganharam mais de US $1 bilhão em comissões em um mês, enquanto para o Bitcoin a cifra chega a US $130 milhões.
Por fim, mas não menos importante, a rede Ethereum é impactada diretamente pelo o uso de contratos inteligentes, que atingiram níveis elevados desde a febre no mundo dos criptoativos, com a DeFi, acrônimo para “descentralized finance”, uma expressão em inglês para finanças descentralizadas.
Esse serviços financeiros que usam criptomoedas e operam baseados em algoritmos pré-programados nas blockchains, principalmente a Ethereum, abriu uma infinidade de serviços antes restritos a bancos e outros players do sistema tradicional.
Veja também: O que são contratos inteligentes em Blockchain?
Ethereum e sua nova atualização
A Ethereum está preparando sua atualização, que terá como resultado o fim das comissões que vão para os mineradores, que hoje sendo queimadas pelo protocolo. Em um futuro próximo, a Ethereum pretende alterar para a Prova de Participação (PoS, na sigla em inglês, que deriva de Proof of Stake), no qual o estaqueamento substituirá a mineração.
A PoS ira preparar a rede Ethereum para uma nova fase, onde acontecerá a validação das transações e o consenso distribuído. Sendo mais eficiente do que PoW, eliminando a necessidade de queimar enormes quantidades de energia e também possuindo uma maior segurança por unidade de custo. Dessa forma, por meio do PoS, todas as moedas digitais serão criadas antes do início do sistema e seu número total nunca muda.
Potencial do Ethereum
Ethereum é agora considerado por alguns players do mercado como a criptomoeda digital mais potente. O analista de criptografia Ryan Watkins, por exemplo, prevê que o Ethereum ultrapassará o Bitcoin nos próximos dez anos. Entre outras coisas, a mudança para o modelo de prova de aposta de economia de energia com Ethereum 2.0 e o portfólio de serviços para o defi-setor com DApps e NFT falam por isso.
Além disso não é apenas o analistas que aposta no futuro da criptomoeda , o Goldman Sachs afirmou recentemente que o éter (ETH) tem uma boa chance de substituir o Bitcoin como um ativo digital dominante. Em suma, o maior número de casos de uso e consequentemente, o maior número de transações em Ether vs. Bitcoin, poderá refletir esse domínio.