10 passos para se tornar um investidor de sucesso

Se você é uma pessoa que evita dívidas desnecessárias, é comprometida com seus objetivos e projetos de vida ou pelo menos sabe que dinheiro não pode (nem deve) ficar parado, parabéns! A postura de um investidor você já tem.

Você talvez ainda seja iniciante no universo de investimentos. Por isso, há alguns primeiros passos que precisam ser seguidos para garantir que prejuízos não afetem seu capital nem desestimulem seu ânimo de continuar investindo.

O Investificar te dá dez dicas simples para você entrar neste universo pelos caminhos certos (e rentáveis).

1. Conheça seu perfil

Antes de decidir onde investir, é fundamental saber do seu nível de tolerância a perdas e oscilações. Muitos portais de investimentos e de bancos múltiplos têm questionários on-line que identificam seu perfil: conservador, moderado ou arrojado. A partir do resultado desses testes, você vai receber sugestões de investimentos orientadas para seu comportamento como investidor e conforme a rentabilidade proporcionada.

2. Estabeleça o tempo de retorno

Imaginamos que você tenha uma expectativa de resgatar seu capital e os respectivos rendimentos em um prazo determinado, de acordo com seus objetivos de aplicação. Os próprios testes de perfil também oferecem sugestões de investimentos, classificados pelo tempo desejado de retorno, ou seja, em curto, médio ou longo prazo. O ideal é equilibrar suas aplicações em pelo menos duas dessas opções, avaliando primeiro o fator a seguir.

3. Anteveja a liquidez

Há investimentos que garantem o crédito imediato de capital e rendimentos resgatados. Outros demoram um, dois ou três dias úteis para creditar de volta os valores para você. Outros ainda te devolvem parte dos rendimentos de forma periódica enquanto mantêm o capital investido e o restante do capital aplicados. Por fim, há as aplicações que retém o capital pelo tempo estabelecido antes da adesão, sem possibilidade de resgate antecipado. Esse fator, chamado liquidez, isto é, a facilidade de dispor de seus recursos, deve ser levado em conta a partir de suas metas.

4. Concilie seus objetivos

Acreditamos que você não tenha apenas um único objetivo de vida. Por falar nisso, digamos que você queira fazer uma viagem daqui a um ano, trocar seu veículo ou garantir poupança para a faculdade de seus filhos, por exemplo. Esses objetivos estão intimamente ligados, em primeiro lugar, ao tempo de retorno de suas aplicações e, em segundo lugar, à liquidez delas. Se tomarmos aqueles os exemplos dados, identificamos que eles se adequam, respectivamente, a investimentos de curto, médio e longo prazo, e vemos que os dois últimos não precisam ter uma liquidez tão garantida quanto o primeiro.

5. Diversifique sua carteira

Logicamente, para objetivos tão distintos você vai não aplicar seus recursos na mesma fonte, até porque resgates parciais diminuem a base de capital e, em consequência, a proporção dos rendimentos. Em relação aos exemplos do tópico anterior, três sugestões de investimentos seriam: CDB para a viagem, letras de câmbio para a troca do veículo e Tesouro Direto para a reserva da faculdade para seus filhos. É preciso que cada aplicação permaneça intocada, trilhando a curva de rendimentos prevista o máximo possível.

6. Mantenha fundo de reserva/reserva de emergência

Mesmo que você só tenha um objetivo de vida, no momento em que estiver lendo este artigo, é bom ter pelo menos um segundo: possuir fundo de reserva/reserva de emergência. Caso você tenha imprevistos de morte em família, danos em sua casa ou carro que impliquem pagamento de franquia ou precise auxiliar um parente confiável e em real necessidade, mexer nas aplicações destinadas a seus objetivos de vida implica interromper ou adiar esses objetivos. Assim, destine parte de seu dinheiro (de 20 a 50%, a depender de seus objetivos) a um fundo de reserva/reserva de emergência, que deve ser feita em uma aplicação com o máximo de liquidez, ou seja, ter a possibilidade de resgate a qualquer tempo e de imediato — e com o mínimo de risco.

7. Calcule os impostos

Quando estamos escolhendo os tipos de investimento, tendemos a considerar apenas as taxas de rendimentos envolvidas, desprezando a incidência de tributos. No entanto, determinadas aplicações podem fazer voltar ao seu bolso menos retorno que outras, quando são descontados o Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Há ainda os investimentos em que esses tributos incidem não apenas nos rendimentos, mas no montante final, como na modalidade PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) de previdência privada. Então, leve isso em conta ou converse com seu consultor de investimentos a respeito.

8. Acompanhe suas aplicações

É muito possível que você goste de ver seu dinheiro crescer a cada dia, consultando seu aplicativo de investimentos constantemente. Outros optam por “se esquecer” das aplicações e focar em ganhar mais dinheiro. Mas em alguns casos, acompanhar a evolução (ou a involução) de suas economias é imprescindível, como no mercado de ações e títulos ou no de criptomoedas. Esta é uma rotina para investidores de perfil arrojado, claro, mas investidores de médio e curto prazo que tenham optado por aplicar em investimentos de alta liquidez podem avaliar os cenários econômicos de forma mais consciente para, se preciso, migrar seu capital para outras aplicações de melhor retorno.

9. Leia, assista ou ouça o noticiário

Economia e política são dois campos interligados das Ciências Humanas: um afeta o outro. E as decisões políticas em âmbito macroeconômico têm implicações em todos os mercados — monetário, de capital, de câmbio e de crédito — e na vida de todos os agentes econômicos: dos produtores agrícolas aos consumidores. Então, quando o Banco Central intervém no mercado de câmbio, retirando ou injetando dólares, ou quando o Copom (Comitê de Política Monetária) atualiza a taxa Selic, isso vai afetar em maior ou menor grau a remuneração de seus investimentos, mesmo aqueles de maior liquidez e menor risco, fazendo você refletir sobre uma nova diversificação da sua carteira ou a migração de seus fundos.

10. Aporte recursos adicionais

Ganhou um dinheiro extra em alguma aposta lotérica, participação de lucros da empresa, venda de coleções ou com pró-labore além do esperado? Você pode até usar uma parte desse dinheiro para uma saída com a família, viagem de curta duração ou em um presente para seu cônjuge ou seus filhos. Mas o ideal é que a maior parte extra seja revertida em aportes adicionais de seus investimentos para objetivos de vida, ou pelo menos em seu fundo de reserva/reserva de emergência, pois se você é controlado o suficiente para investir, também se pressupõe que seja para não gastar além da conta e continuar pensando no futuro.

Esperamos que tenha internalizado esses conceitos. O Investificar existe justamente para isso: lhe apresentar opções e direcionar pensamentos no universo dos investimentos.

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