Yield hacking, conheça essa estratégia ligada aos projetos DeFi

O mundo dos criptoativos têm atraído cada vez mais a atenção dos investidores dentro do mercado financeiro. Além das criptomoedas já consolidadas como o Bitcoin, outro setor que chama muita a atenção são as finanças descentralizadas (DeFi). Essa classe possibilita ao investidor obter rendimentos de várias maneiras, são elas: yield farming, staking, empréstimos e o yield hacking, o qual vamos esmiuçar.

As plataformas DeFi permitem que investidores, financiadores, tomadores de empréstimos e vendedores negociem e interajam diretamente. Trata-se de um sistema interconectado e com código-fonte-aberto, cujas aplicações ficam armazenadas dentro da blockchain. O DeFi funciona por meio dos chamados contratos inteligentes que permitem executar de forma automática um código previamente definido.

O que é yield hacking?

O yield hacking consiste em um conjunto de negociações para obter yields (rentabilidade) no universo de finanças descentralizadas. Geralmente, esse tipo de negociação faz o uso de combinações de todas as outras operações já mencionadas.

Em outras palavras, o yield hacking é uma operação muito parecida com a que os bancos fazem com o dinheiro das pessoas. O montante do empréstimo aplicado continua rendendo  e se faz o uso do empréstimo a juros para gerar mais lucro.

Um exemplo hipotético de negociação de yield hacking seria algo como depositar 1 ether em alguma plataforma DeFi e pegar 1000 moedas USDC emprestado pagando 4% ao ano de taxa de juros. Com isso, comprar mais ether com metade desse valor e realizar farming na Uniswap.

Com isso, antes de entrar nas formas de realizar yield hacking, vamos abordar os outros tipos de operações. É importante conhecê-las, pois o hacking, como já foi dito, é a mistura de todas essas operações.

O que é yield farming?

Yield farming é uma forma de fazer uma renda extra em criptomoedas ao emprestar criptoativos para outros através de contratos inteligentes. Em retorno pelo empréstimo, você ganha juros na forma de criptomoedas, ou seja, obtém uma renda passiva através do empréstimo de criptomoedas.

Além disso, nesse tipo de negociação é retirado o intermediário do processo de empréstimo, o que significa ser possível pegar a maior parte do montante de dinheiro. É um negócio muito mais atraente que o empréstimo bancário, por exemplo, oque destaca os benefícios do sistema descentralizado e a abertura do setor financeiro.

O que é staking?

O staking consiste em ser uma negociação de renda passiva por meio de criptomoedas. Em outras palavras, o investidor mantém as criptomoedas na carteira com o objetivo de receber recompensas.

Na prática, o staking é visto como uma alternativa à mineração, onde recursos são exigidos. Isso acontece porque na mineração temos algo chamado de Proof of Work (PoW) que necessita de muita energia e poder computacional.

A realização de staking pode acontecer por meio de uma carteira virtual ou diretamente nas corretoras que disponibilizam este tipo de serviço aos usuários.

Veja também: As principais moedas para staking

O que são empréstimos e pools?

Outra maneira muito conhecida de investir é manter criptomoedas em pools para gerar liquidez para plataformas DeFi ou emprestar as criptomoedas para outros usuários, ganhando juros com essa movimentação.

Em um sistema descentralizado não é fornecido um bem físico como é feito na pedida de empréstimo com um banco tradicional. Aqui, quando um mutuário for tomar empréstimo, ele deve fornecer algo mais valioso do que a garantia, ou seja, ele precisa depositar um ativo igual ao ativo que deseja pegar emprestado, isso tudo no contrato autônomo.

Yield hacking de rendimento a longo prazo

A ideia principal aqui é desenvolver uma tese, construir um portfólio de investimentos simbióticos com o foco no estilo de negociação do yield hacking em torno do caso de uso e compor suas posições com estratégias de renda passiva, mesclando staking e pool de liquidez. 

Para explicar a metodologia vamos utilizar o Chailink e Synthetix, duas plataformas voltadas para as finanças descentralizadas. Essas plataformas apresentam modelos que capturam efetivamente um grande valor e recompensam de volta os participantes da rede com o intuito de impulsionar a oferta e demanda de tokens.

Além disso, o usuário pode especular que as sinergias entre seus casos de uso produziriam um alto grau de correlação entre seus valores de token. Por exemplo, como a Chailink permite uma variedade maior de Synths, o volume de negociação deve aumentar no Sythetix Exchange, aumentando as recompensas disponíveis para os detentores de SNX, bem como a demanda pelo token SNS.

Nesse sentido, o aumento da negociação requer maior uso Chailink, eumentando a demanda pelo token Link que acaba impulsionando os provedores de nós.

Entrando de fato no yield hacking desse exemplo, os usuários podem apostar no SNX e usar o LinkPool para fornecer garantias para os nós e ganhar uma parte de suas recompensas.

Embora a tokenômica e as sinergias sólidas apoiem as teses de investimentos a longo prazo, o mercado DeFi em rápida evolução também está repleto de oportunidades lucrativas no curto prazo.

Veja também: Conheça o DeFi 2.0

Considerações finais

O novo cenário DeFi é rico em oportunidades e riscos. À medida que os protocolos abertos proliferam novos produtos, os investidores orientados por teses refinarão os métodos de avaliação e obterão renda passiva, enquanto os investidores de yield hacking aproveitam o capital de baixo custo para caçar e ampliar oportunidades de lucro.

Com isso, estratégias de yield hacking podem produzir retornos bastante atraentes ajustados ao risco quando cronometrados executados corretamente.

Por fim, só o tempo dirá como o futuro das finanças globais se desenrolará, no entanto, é perceptível a elevada busca e atenção dos investidores por esse mercado.

Veja também: Entenda a forte queda do mercado de criptomoedas

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