No início deste mês de setembro, a Sinqia havia anunciado a captação de R$ 400 milhões em oferta restrita. A ação foi precificada a R$ 23. A ação, que já era listada em bolsa, praticamente dobrou seu valor de mercado. Antes, a empresa estava avaliada em R$ 413,2 milhões, distribuídas em 70,5 milhões de ações. Agora, a empresa está avaliada em R$ 813,3 milhões, sendo dividida em 87,9 milhões de ações.
Nesse sentido, a oferta da Sinqia foi 100% primária. Com isso, todo o valor captado foi direto para o caixa da empresa. Ao todo, foram lançadas mais 17,4 milhões de ações para circulação no mercado. Mesmo com um mês de agosto complicado na bolsa para o setor de tecnologia, a captação foi bem-sucedida.
Dessa forma, a composição da base acionária deverá sofrer mudanças. Hoje, mais de 80% das ações estão em circulação no mercado. Além disso, aproximadamente 70% do capital social pertence a pequenos acionistas. Estes, possuem posição individual menor que 5%.
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Aplicação dos recursos
Com o valor captado, a companhia pretende investir estes recursos em crescimento inorgânico. Isso significa amplificar sua participação no mercado de softwares aplicativos para o setor financeiro. Sendo assim, a empresa pretende investir em ativos, negócios e empresas que possam ser consideradas estratégicas para a Sinqia.
Nesse sentido, o crescimento inorgânico tem sido uma estratégica recorrente da companhia. Desde 2020, a companhia já comprou 6 companhias. Sendo assim, o recurso adquirido ganha mais importância ainda para as estratégias da empresa.
Segundo Thiago Rocha, CFO da Sinqia, a empresa “está preparada para ser o player dominante”. Além disso, afirmou que a empresar quer “protagonizar a onda de consolidação que está se formando”. Para ele, “a oferta de ações vem suportar esse plano, nos permitindo expandir a estratégia de M&A, acelerando a execução”.
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Resultados recentes
Recentemente, a empresa divulgou seus resultados para o segundo trimestre de 2021. O lucro líquido da companhia atingiu o patamar de R$12,58 milhões, uma alta de 205% na comparação anual. Em relação à base trimestral, o avanço foi de 127%. Desconsiderando o ajuste, o lucro ficou na casa de R$4,8 milhões, que representa um valor 8,3 vezes maior que o mesmo período do ano passado.
Nesse sentido, em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), foi registrado valor recorde de R$ 19,7 milhões. Quanto a margem EBITDA, o valor foi de 22,4%, que representa um aumento de 7,5%. Pela primeira vez, o patamar de 20% foi superado.
Além disso, o faturamento recorrente anual atingiu o valor recorde de R$ 272,8 milhões. Este valor representa crescimento de 81,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento se deve principalmente ao incremento inorgânico. Sendo assim, as aquisições da Tree, Fomtis, ISP, Simply e FEPWeb possui grande participação sobre o resultado.
Segundo o CFO da companhia, Thiago Rocha, a companhia está “satisfeita com a tendência”. Além disso, comunicou que “passaremos a mirar um novo objetivo a médio prazo, por meio de otimização do negócio orgânico, captura de sinergia das últimas aquisições e contribuição das próximas aquisições, com margens potencialmente mais elevadas.