Qtum é uma plataforma blockchain pública de código aberto que suporta aplicativos inteligentes e Dapps, aproveitando a segurança do UTXO enquanto faz a habilitação de várias máquinas virtuais, incluindo EVM. Além disso, esse ecossistema é bastante conhecido por combinar benefícios do Bitcoin e do Ethereum em uma única cadeia.
O Qtum oferece um ambiente de desenvolvimento padronizado, estável e seguro para contratos inteligentes, permitindo a codificação, implantação e execução de contratos inteligentes amigáveis aos negócios. O ecossistema é baseado em PoS e possui um Protocolo de Governança Descentralizado (DGP) que permite que configurações específicas de blockchain sejam modificadas usando contratos inteligentes.
Além disso, o ecossistema também funciona como uma plataforma de aplicativos descentralizados, sendo compatível com a infraestrutura blockchain existente, e é modularizada para que novas tecnologias sejam implementadas a cada atualização do sistema.
Escabilidade do Qtum
A capacidade exclusiva do Qtum de ajustar os parâmetros do blockchain sem um hard fork permite que o dimensionamento ocorra conforme a situação exigir. O ecossistema pode lidar com até 1100 transações por segundo, aproximadamente, em sua camada base. Devido a isso, a rede se tornou quase 100 vezes mais escalável que o Bitcoin.
Além disso, via Segregated Witness, o ecossistema pode aumentar a taxa de transferência em 60%. O ecossistema já implementou a Lightning Network, uma soluçao de dimensionamento de cama 2, a fim de controlar os custos das transações.
No entanto, com seu hard fork Fastlane 2021, o Qtum mostrou a todos os outros protoolos como fazer uma atualização de protocolo de camada 1 sem danificar os princípios fundamentais da descentralização.
Diferença entre Qtum e Ethereum
A diferença entre o Qtum e o Ethereum é o modelo de conta utilizado no ecossistema. Por exemplo, o Qtum é baseado em UTXOS e possui uma camada de abstração de contas (AAL) para realizar o mapeamento interno. Ainda assim, a assinatura de transações é diferente e precisa ser considerada ao migrar aplicativos.
A fim de contornar esse problema, o Qtum decidiu fazer um adaptador que irá mapear vários comandos RPC diretamente, conhecido como Janus. O adaptador retransmite uma solicitação RPC no formato ETH e retransmite a solicitação apropriada para o ecossistema, como se fosse um provedor web3.
Como o Janus mudará o Qtum para melhor?
Com a implementação do Janus, o ecossistema Qtum capacitará os desenvolvedores a migrar o rico ecossistema que eles criaram na rede Ethereum para o ecossistema Qtum.
Nesse sentido, o wrapper Janus tem o objetivo de elevar o nível de capacitação de desenvolvedores a transportar facilmente esses aplicativos para o Qtum e se beneficiar significativamente das taxas de gás reduzida. Com isso, o Janus torna-se muito valioso para o potencial de crescimento de longo prazo da Qtum.
Características únicas da rede Qtum
A camada de Abstração de Conta da rede integra a camada de conta UTXO herdada do Bitcoin com a camada de smart contract, inspirada no Ethereum. Ela permite que usuários criem aplicativos e hospedem em máquinas virtuais, incluindo Ethereum Virtual Machine (EVM), e a máquina virtual x86.
Além disso, ele também suporta o conjunto de instruções e várias linguagens de programação, o que facilita muito a adoção de aplicativos existentes e compilação para o Qtum. O ecossistema também planeja integrar a biblioteca de programação comum em forma de contratos inteligentes.
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Fundação Qtum
A Qtum Chain Foundation é uma empresa sem fins lucrativos e fica sediada na cidade de Cingapura. Ela tem um papel importantíssimo em relatar as despesas financeiras trimestrais para transparência e abertura com a comunidade. Essas despesas são vinculadas em categorias recorrentes a área de pesquisa e desenvolvimento, relações públicas e marketing.
A fundação possui um rigoroso investimento no que se trata de desenvolvimento de tecnologia, a fim de sempre manter o ecossistema atualizado.
O token QTUM
O token mais popular do ecossistema é o token QTUM, seu processo de ICO ocorreu no primeiro semestre de 2017 e foram negociados mais de 57 milhões de tokens. A maioria desses tokens é controlado pela Qtum Chain Foundation.
É possível acompanhar o andamento do token através da plataforma TradingView. Atualmente o token está sendo cotado a US$7.228.
Asseguração da rede Qtum
Apesar da alta ligação de identidade com o Bitcoin e a rede Ethereum, o ecossistema Qtum optou pelo consenso de mecanismo MPoS para proteger sua rede. É uma versão modificada do que conhecemos como Prof-of-Stake.
O protocolo estimula os usuários a manterem suas moedas bloqueadas para facilitar e garantir a validação de todo o bloco, essa posição é amplamente conhecida no mercado como staking. A confirmação de cada bloco vira uma competição sadia entre os holders da moeda.
Diferentemente dos protocolos PoS, aqui a recompensa do bloco é constante e não depende do tempo da moeda para determinar a probabilidade de obtê-la. Com isso, as recompensas são distribuídas proporcionalmente ao stake, logo, quanto mais moedas estiverem em stake, maior será a recompensa.
Além disso, o algoritmo proof-of-stake é significativamente mais barato de manter em relação ao modelo utilizado no Bitcoin e isso proporciona uma elevada descentralização ao ecossistema do Qtum.
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Considerações finais
O ecossistema do blockchain Qtum se apresenta como uma ótima alternativa às blockchains tradicionais, devido a sua baixa taxa de custódia e também sua agilidade na transmissão do conteúdo.
Além disso, a plataforma conta com uma política de transparência altamente disposta a integrar a comunidade ao ecossistema. Conta também com pesados investimentos, com o objetivo de sempre acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Um exemplo disso são as novas atualizações no ecossistema que irão permitir a negociação de NFts.
Nesse sentido, o Qtum é um projeto que já se encontra consolidado no mercado e tem um viés de crescimento muito positivo, caso continue com o mesmo comprometimento com sua comunidade.