O mercado de criptomoedas se encontra em alta após uma década da criação do Bitcoin, em 2009.
Devido a sua autonomia e sua descentralização, isto é, as criptomoedas, em geral, não estão atreladas a instituições financeiras por isso estão livres de políticas monetárias ou mesmo momentos econômicos.
As criptomoedas surgiram com o intuito de substituírem o dinheiro convencional e com isso agilizar as transações eletrônicas, como compras e vendas online, transferências de valores e pagamentos.
Com a popularização do mercado de criptomoedas alguns clubes e instituições passaram a utilizar esse ativo como forma de pagamento salarial, ou até mesmo efetuando pagamento de multas contratuais, como veremos adiante.
As criptomoedas “invadem” a maior Liga de Futebol Americano do mundo, a NFL
Acompanhando o aumento da adoção de criptomoedas, o time da Liga de Futebol Americano dos Estados Unidos, a NFL, Kansas City Chiefs decidiu efetuar o pagamento salarial em Bitcoin, de forma integral, ao seu jogador, Sean Culkin.
A decisão foi tomada no início deste ano, em 2021, e aconteceu com o pedido do jogador Sean Culkin.
Segundo ele, a criptomoeda é um investimento melhor que o ouro, imóveis ou qualquer outro tipo de empreendimento durante esse período de instabilidade econômica que o mundo vive.
O jogador do Kansas City Chiefs receberá seu salário de 920 mil dólares de forma quinzenal através de uma plataforma chamada Zap Strike, que também é utilizada por outros jogadores da NFL que recebem parte do salário em Bitcoin.
Sean Culkin, 28 anos, joga na liga profissional há 4 anos e já atuou nos Baltimore Ravens e no Los Angeles Charges e vê a oportunidade de receber seu salário em Bitcoin de forma extremamente positiva, principalmente pela característica de valorização futura da criptomeda.
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Messi e a criptomoeda do PSG
A adoção de criptomoedas como forma de pagamento para salários tem se tornado cada vez mais comuns no mundo esportivo.
A bola da vez é o astro do mundo futebolístico, Lionel Messi. Ele é o caso mais recente de um jogador envolvido com as novas moedas digitais.
Lionel Messi, 34 anos, recordista de Bolas de Ouro, 7 vezes, deixou o Barcelona e assinou um contrato de dois anos com o time francês Paris Saint-Germain.
O valor desta transferência beirou a casa dos 35 milhões de euros. O clube não declarou o valor exato que foi pago em tokens, mas disse ser uma parte considerável.
O que seria um fan token?
O Fan Token é uma espécie de moeda que cada clube adota. No caso do Paris Saint-Germain, quem compra um fan token tem direito a experiências exclusivas ligadas ao clube, desde uma votação para colocar um objeto no vestiário até ingressos para jogos e contatos com os jogadores.
O fan token não é algo exclusivo do PSG, a plataforma que criou a moeda para o PSG, também tem parceria com o Barcelona, Juventus, Milan e o Manchester City.
Aqui no Brasil, o caso mais recente de um clube atrelado a criação de um fan token foi o Atlético Mineiro.
O “Galo”, assim conhecido, apresentou resultados expressivos pouco após o seu lançamento. O time vendeu 840 mil unidades e embolsou aproximadamente 5 milhões de reais.
Os fans tokens, assim como o Bitcoin e outras criptomoedas, podem ser trocados em casas de câmbio. Eles também compartilham com outras criptomoedas a tendência de variação de preços.
Russell Okung e seus bitcoins
Russel Okung é mais um caso de um jogador que recebe parte de seu salário em Bitcoin. Aliás, Russel também atua na Liga de Futebol Americano, a NFL.
O jogador de 33 anos atua nos Carolina Panthers, que tem sede no estado da Carolina do Norte, anunciou que vai receber metade do seu salário de US$ 13 milhões em bitcoin.
O atacante negociou por um período de dois anos com o clube e vai receber US$ 6,5 milhões em criptomoedas.
No dia em que o jogador anunciou que iria receber parte do seu salário em Bitcoin, a criptomoeda mais popular do mundo, valorizou mais de 15%.
Cristiano Ronaldo e os tokens
Em 2019, quando Cristiano Ronaldo ainda atuava na Juventus e foi o eleito o terceiro melhor jogador do mundo, ele foi agraciado com 770 tokens JUV.
JUV é o token oficial dos torcedores da Juventus que foi lançado em 2019 pelo clube italiano na blockchain Chiliz (CHZ).
A recompensa de 770 tokens JUV, concedidas ao Cristiano Ronaldo, valiam na época US$ 11.750,00. Embora o atual jogador do Manchester United não precisasse do valor, a ocasião ficou marcada porque foi a primeira em que a criptomoeda foi concedida a um jogador de futebol como prêmio por conquistas na carreira.
A relação da NBA com as criptomoedas
O Sacramento Kings pode se tornar a primeira franquia das grandes ligas de esportes dos Estados Unidos a adotar o Bitcoin como forma de pagamento aos seus jogadores e funcionários.
Vivek Ranadive, dono da franquia, afirmou que todos os integrantes do clube poderão escolher a alternativa de recebimento salarial em Bitcoin.
O Sacramento Kings já tem uma relação com o Bitcoin que remonta o ano de 2014, quando o clube lançou pagamentos em criptomoeda para os ingressos dos seus jogos.
Não é somente o Bitcoin que está de forma ativa na NBA, outra criptomoeda já se encontra nesta Liga.
O Dallas Mavericks lançou pagamentos em Bitcoin na franquia em 2015 e no início deste ano de 2021 lançou pagamentos em Dogecoin para os ingressos e produtos licenciados da franquia.
Conhecendo a criptomoeda Dogecoin
A Dogecoin é uma criptomoeda que possui um código-fonte aberto, ou seja, qualquer programador pode acessar gratuitamente.
O grande diferencial desse criptoativo é que ela não possui um manifesto oficial da sua criação, isto é, ela surgiu de maneira despretensiosa, a partir de um meme na internet.
Apesar de toda essa informalidade, a criptomoeda já possui um valor de capitalização muito expressivo, girando em torno dos US$ 8 bilhões.
O objetivo da Dogecoin é facilitar o acesso à tecnologia das moedas digitais e criar um ativo que possuísse um valor acessível a todos.