Os mercados asiáticos encerraram sexta (12 de junho) no vermelho, seguindo a queda forte registrada na Europa e nos Estados Unidos na quinta (11). Mercados tiveram o pior dia desde março em meio a temores gerados por uma possível segunda onda de infecções por coronavírus nos Estados Unidos.
Quase metade dos 50 estados norte-americanos está se recuperando de infecções à medida que a reabertura continua. Carolina do Norte e Texas registraram hospitalizações recordes no sábado (13), enquanto Flórida, Califórnia e Alabama registram aumentos acentuados nos casos diários.
Dados econômicos da China sinalizaram que, mesmo quando os surtos forem contidos e os gastos dos consumidores aumentarem, a recuperação em forma de V procurada pelos investidores provavelmente não se concretizará.
Apesar da crescente contagem de casos nos EUA, os economistas do Morgan Stanley dobraram sua aposta para uma recuperação em forma de V em uma nota de domingo (14). A empresa disse aos clientes que espera que o produto interno bruto global se recupere para níveis pré-pandêmicos até o final do ano.
Ainda no exterior, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, o PIB do Reino Unido sofreu queda recorde de 20,4% em abril ante março, sofrendo os impactos da pandemia de coronavírus. Em dados consolidados pela Eurostat, a produção industrial da zona do euro em abril recuou 17,1%.
Por que há um aumento de casos nos EUA?
São três os possíveis motivos para o aumento de casos no país. O primeiro, como alegado pelo Arkansas, maior capacidade de testes acabou detectando mais infectados do que se imaginava.
Um segundo motivo é a lógica por trás do achatamento da curva. Quando ocorre a reabertura realmente é observado uma elevação na quantidade de casos.
Por fim, os protestos podem estar conectados a esse aumento. Ainda difícil cravar que isso esteja ocorrendo, pois alguns locais com destaque nas manifestações seguem mostrando um declínio na curva de contágio. Enquanto outros como o Texas tenha visto uma aceleração inesperada.
Dólar subindo rápido no Brasil
Em pesquisa do jornal “Valor Econômico” com 83 instituições financeiras e consultorias, apenas cinco casas veem um corte mais conservador na taxa de juros da economia brasileira (Selic), de 0,5 ponto, e somente uma projeta baixa mais ousada, de 1 ponto percentual.
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Cortes acentuados na taxa de juros afetam a taxa de câmbio. Taxas de juros mais baixas pressionam o dólar para cima, enquanto juros mais elevados tendem a manter a cotação da moeda americana sob controle. Diante de uma perspectiva de mais cortes, o Real vai desvalorizando frente ao dólar. Neste momento, o dólar está sendo negociado a R$ 5,12 na bolsa.
Ibovespa (amarelo) com média dos 200 dias (azul)
A correção do mercado de ações também contribuiu para as movimentações de hoje na bolsa brasileira. O S&P500 segue em mais um dia de correções. O Ibovespa está sendo negociado nos 92.813 pontos, embora tenha chegado a esboçar uma reação de volta para os 100 mil pontos.
Maiores altas
- CIEL3.SA +18,53% R$ 4,99
- VVAR3.SA +5,81% R$ 15,49
- GOLL4.SA +4,15% R$ 19,31
- SUZB3.SA +4,11% R$ 38,53
- MRVE3.SA +2,51% R$ 16,76
Maiores baixas
- IRBR3.SA -5,57% R$ 10,85
- CVCB3.SA -3,99% R$ 19,98
- SULA11.SA -2,84% R$ 43,49
- CMIG4.SA -2,81% R$ 10,72
- BRML3.SA -2,69% R$ 10,50