Duas fazendas de mineração de bitcoin foram anunciadas pelo governo de uma das províncias no Paquistão, liderada por Khyber Pakhtunkhwa. O Paquistão entra para a lista de alguns poucos países que já possuem parte dos investimentos estatais em bitcoin, pelo menos de forma pública.
As operações foram autorizadas pela própria Assembleia desta província, segundo consta as informações que foram dadas por um assessor de Khyber Pakhtunkhwa, que por sua vez, é o ministro-chefe deste local.
Além desses investimentos vindos diretamente do governo, este já autorizou transações, posse e também não mostrou objeção a nenhum tipo negociação, uso ou mineração de bitcoins por parte da população. Essa decisão teve aval de um certificado de não objeção que foi emitido pelo próprio governo da província.
Desse modo, o uso é legal e seguro do bitcoin no País agora também tem apoio governamental, o que facilita a vida de investidores, mas também abre possibilidade hoje de se tentar reviver de forma parcial a aceleração do crescimento econômico do Paquistão.
Por conta, dos problemas que envolvem o país sobre a ótica do terrorismo e as dificuldades econômicas, o Paquistão já estava olhando o bitcoin como uma maneira de conseguir ter um folego extra em meio aos caos econômico que vive.
Essas informações vindas do Paquistão, demonstram uma atitude governamental que já vai de encontro com a reivindicação de pessoas em muitos países, para que os governos possam aderir cada vez mais a ideia e não impor medidas legais que dificultem o uso de criptomoedas, em especial o bitcoin.
O Irã, por exemplo, ainda no ano passado, deu informações através do governo central de que compraria Bitcoin de mineradores dentro no país para financiar as importações e facilitar o comércio. Essas medidas do Irã e Paquistão, podem ser uma tendência a ser seguida cada vez mais em alguns países que ainda não digeriram a ideia do bitcoin.
As dificuldades de desburocratização do bitcoin em alguns países
A dificuldade dos demais países, porém, é o excesso de burocracia que ainda gira em torno da ideia do bitcoin. Muitos governos, seja lá por qual motivo for, ainda insistem em endurecer suas medidas de aceitação sobre o bitcoin.
No próprio Reino Unido, ocorreu recentemente (6), a proibição da venda de alguns tipos de produtos financeiros derivados de criptomoedas, que foi proposta pela Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA) em outubro de 2020, mas passou a valer em janeiro deste ano.
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Ainda conforme uma matéria do Sunday Times, o HSBC e outros bancos não irão mais receber pagamentos que sejam provenientes de Bitcoin e outras criptomoedas. Nesta última segunda-feira (11), a FCA do Reino Unido disse aos investidores em criptomoedas para estarem “preparados para perder tudo” ao investir em produtos relacionados a elas.
Apesar do risco que realmente está intrínseco em relação ao bitcoin e outras criptos, como qualquer outro ativo relacionado à renda variável, a fala do governo do Reino Unido mostra um desconhecimento a respeito dos princípios que tange a criação do bitcoin, não informando isso a sua população, porém, intimidando de forma até mesmo exagerada a respeito do uso.
Em contrapartida a esta fala, inúmeras instituições, incluindo o PayPal, Robinhood, Cash App e outros, assim também como alguns governos, já fazem uma preparação de como lidar com a criptomoeda, alguns deles já fazem altos investimentos na compra de bitcoin.
Isso tudo demonstra uma seletividade por parte do governo britânico em sua crítica, que não alerta para o risco em nenhum outro ativo de renda variável, como poderia ser feito de forma semelhante à bolsa de valores do Reino Unido, mas foi apenas com o bitcoin.
Alguns governos realmente ainda geram receios e uma “demonização” sobre a criptomoeda, uma vez que os princípios de funcionamento da mesma dificultam a fiscalização governamental em cima disso, em detrimento a possibilidade da diminuição da visibilidade e desvalorização da libra esterlina, nesse caso, conforme a população passasse a longo prazo a aderir ao bitcoin volumosamente no país.
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