Os juros dos cartões podem ser uma das formas mais caras de crédito disponíveis para os consumidores, competindo com o famoso cheque especial. Quando os consumidores usam seus cartões de crédito para comprar algo, eles estão essencialmente tomando emprestado dinheiro do banco/instituição financeira emissor do cartão. Se a fatura não for paga integralmente a cada mês, começará a incidência de multa contratual e juros sobre o saldo em aberto (além do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras).
Os juros do cartão de crédito são calculados como uma taxa anual, e essa taxa é conhecida como APR. A APR é uma porcentagem que representa o custo do “empréstimo” por ano, incluindo juros e quaisquer taxas adicionais associadas. É importante lembrar que a APR pode variar de acordo com o emissor do cartão e o tipo de cartão, então você que não faz ideia, procure se informar e tome isso como fator importante na escolha do seu cartão de crédito habitual.
O pagamento mínimo mensal do cartão de crédito é refenre ao pagamento de uma pequena porcentagem do saldo total em aberto. Geralmente, o pagamento mínimo é cerca de 2% a 3% do valor geral. No entanto, é importante lembrar que fazer apenas o pagamento mínimo não reduzirá significativamente o saldo em aberto e, portanto, não diminuirá os juros acumulados. Essa definitivamente só não é uma escolha pior do que ficar sem pagar valor algum.
A melhor maneira de evitar juros do cartão de crédito é pagar o saldo total a cada mês, sempre dentro do vencimento (e para isso se valha de lembretes em seu celular, agenda ou outro meio que julgar mais conveniente). Fazendo desta forma, significa que o consumidor está usando o cartão de crédito como uma ferramenta de pagamento e não como uma linha de crédito. Se o consumidor não puder pagar o saldo total a cada mês, é importante pagar o máximo possível e, em seguida, trabalhar para pagar o saldo restante o mais rápido que puder, para reduzir os encargos que terá que, inevitavelmente, custear.
Se o consumidor não puder pagar o saldo total do cartão de crédito a cada mês, ele pode considerar a transferência do saldo para um cartão com uma taxa de juros mais baixa dentro do próprio banco, para isso deve fazer contato com a central de atendimento e verificar as possibilidades. Isso pode ajudar a reduzir os juros acumulados e tornar o pagamento do saldo restante mais gerenciável. No entanto, é importante lembrar que a transferência de saldo geralmente vem com uma taxa de transferência de saldo e que a APR pode aumentar após um período introdutório. Um outro caminho factível é entrar em contato com o gerente do banco e verificar possibilidades de empréstimos pessoais com taxas mais atrativas para quitação do saldo em aberto do cartão de crédito.
Lembramos que de nada vai adiantar fazer tudo isso sem limitar o uso do cartão. Os consumidores podem estabelecer um orçamento mensal para o uso do cartão de crédito e, em seguida, trabalhar para não exceder esse limite. Isso ajudará a evitar que o saldo em aberto se torne muito grande e, portanto, a reduzir os juros acumulados. Acompanhe sempre pelo aplicativo a situação atual de suas compras no cartão de crédito, jamais deixe para conferir apenas quando receber a fatura, pois na maioria das vezes é tarde demais.
Vamos falar como esses juros funcionam de uma maneira mais simples, através do exemplo:
Pedro, que adorava comprar com seu cartão de crédito, constantemente adquiria roupas, eletrônicos e acessórios, mas nunca se preocupava em pagar o saldo total da fatura. Um dia, ele recebeu sua fatura e percebeu que havia uma taxa extra, chamada de “juros”, que ele não entendia, e essa taxa extra era acompanhada de outras duas: multa contratual e IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
Então, ele decidiu investigar e viu que havia um saldo devedor de mil reais em sua fatura do cartão de crédito. A taxa de juros anual (APR) do seu cartão era de 30%. Ele viu que a fatura informava uma taxa de juros de 2,5% ao mês para os saldos em aberto.
Pedro percebeu que, se ele não pagasse o saldo total da fatura, teria que pagar juros sobre esse saldo em aberto. Para calcular os juros, ele pegou o saldo em aberto (R$ 1.000,00) e multiplicou pela taxa de juros mensal (2,5% que equivale a 0,025):
1.000,00 x 0,025 = R$25,00
Portanto, Pedro teria que pagar R$ 25,00 em juros para cada mês que não pagasse o saldo total da fatura. Se ele não pagasse nada naquele mês, seu saldo em aberto seria de R$ 1.025,00 no próximo mês e ele teria que pagar juros sobre esse novo saldo. E olhe que nem estamos considerando os outros encargos de multa e IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
Pedro ficou preocupado com o valor dos juros e decidiu que seria mais inteligente pagar o saldo total da fatura para evitar juros desnecessários. Ele entendeu que os juros do cartão de crédito são uma das formas mais caras de crédito disponíveis para os consumidores e que é melhor evitar dívidas desnecessárias e se planejar para comprar apenas o que pode pagar. Assim, ele aprendeu a ser responsável com seu cartão de crédito e nunca mais teve que pagar juros novamente.
Nós, do Investificar, esperamos que você aprenda com o exemplo do Pedro e que não precise passar você mesmo por essa situação complicada.
Utilize o cartão de crédito com consciência e como seu aliado, não permitido de forma alguma que ele venha a se tornar seu inimigo.