De acordo com um estudo realizado pela Kraken, do total de moedas emitidas do bitcoin (BTC), ou seja, das que estão disponíveis para negociação no mercado, apenas 13% estão armazenadas nas exchanges espalhadas pelo mundo atualmente.
Isso denota o menor nível de bitcoin disponível nas exchanges (corretoras de bitcoin e criptomoedas) dos últimos 37 meses, conforme apontam os dados mais recentes da Kraken. A Kraken fez uma publicação em sua rede social Twitter nesta quarta-feira (10), mostrando os dados através de um gráfico.
Kraken se trata de uma importante Exchange de criptomoedas com sede localizada nos Estados Unidos e foi fundada em 2011. A Exchange em questão fornece criptomoedas para transações fiduciárias e informações de preços de criptoativos para o Bloomberg.
Além disso, outro estudo recente realizado pela Cryptoquant, apontam as mesmas condições de queda histórica no suprimento de bitcoin disponível nas exchanges pelo mundo afora, inclusive as mais conhecidas.
Ambos estudos fazem uma correlação entre a quantidade de bitcoin disponível nas exchanges de criptomoedas e o preço do bitcoin ao longo dos últimos tempos. O mais interessante, é que ambas acabam seguindo a mesma linha de raciocínio.
A ideia é que conforme se diminua o número de bitcoins disponíveis, também cresça o preço da criptomoeda. O motivo disso é simples: O bitcoin atende às leis de oferta e demanda de ativos.
Desse modo, quanto menor oferta temos de um ativo para comprar, o que é representado pela diminuição da quantidade disponível nas exchanges, maior o preço dele, desde que a demanda esteja subindo em conformidade.
De um lado, temos uma forte alta da demanda da criptomoeda no mercado. As instituições e grandes investidores estão colocando volumes grandes de dinheiro no bitcoin e estão comprando quase todo suprimento de novas moedas que estão sendo emitidas.
Veja também: Como usar a análise gráfica para identificar queda no mercado de ações?
Até onde o bitcoin pode chegar?
A corrida pela compra do bitcoin tem se tornado cada vez mais intensa, o que faz com que a disponibilidade do bitcoin para pessoas físicas nas exchanges também fique reduzida, como vimos nos dados recentes dos estudos.
Essa menor disponibilidade da criptomoeda no mercado, juntamente com a demanda do ativo que só cresce, faz com que tenhamos novamente uma tendência de seu preço na direção de novos recordes.
Enquanto esse artigo é escrito, o bitcoin atingiu o patamar dos US$56.500. O seu recorde até agora é os US$58.335 atingido no dia 21 de fevereiro de 2021. Após correções, o bitcoin voltou a subir com força, chegando perto do seu patamar da história novamente.
Muitas estimativas são feitas em torno do preço da criptomoeda a longo prazo. A mais famosa e conhecida é a realizada pela PlanB, que utilizando o modelo Stock-to-Flow, estima o preço da criptomoeda em aproximadamente US$100 mil até o final do ano de 2021.
Em suma, por volta de 2025, a mesma PlanB considera que o bitcoin pode valer até US$1 milhão. Muitos estudos estão sendo feitos para encontrar o preço futuro do bitcoin e nesse segmento, o da PlanB acaba sendo seguido por muitos entusiastas e investidores, embora estimativas, como qualquer outra, tem seus riscos, e não garante qualquer assertividade.