Há novas informações sobre os detalhes de como irá funcionar a tão aguardada estréia pública das ações do Nubank, processo conhecido na Bolsa de Valores como IPO. A previsão é de que o processo aconteça no final do próximo mês, sendo que a abertura de capital irá ocorrer tanto na B3 (Bolsa Brasileira), como também na Nasdaq, Estados Unidos.
Além da expectativa pela tão aguardada estreia na Bolsa de Valores, a expectativa é que a capitalização de mercado do Nubank fique entre US$ 50 bilhões e 70 bilhões, de acordo com as informações que foram divulgadas pelo Estado de São Paulo.
BDRs na B3
De acordo com a reportagem do Estado de São Paulo, o Nubank irá oferecer para os usuários da B3 uma espécie de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), seguindo a mesma linha do Inter, que já está movendo as suas ações principais para a Nasdaq e irá oferecer a B3 apenas BDRs.
O cronograma oficial acabou passando por uma alteração devido ao fato de a fintech preferir realizar a sua listagem no exterior e ao mesmo tempo lançar os BDRs na Bolsa de Valores do Brasil.
Se espera que nas próximas semanas, o pedido de listagem de ações na Nasdaq chegue à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, que nesta semana ganhou muita repercussão após aprovar o primeiro ETF de Bitcoin para negociações na Nasdaq.
Tamanho da oferta de ações do Nubank está em debate
Outro ponto que ainda está em debate, é o tamanho da oferta das ações entre o Nubank e os bancos que estão organizando a operação, que são Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank. O orçamento deve ficar em torno de US$ 3 bilhões.
O Nubank já está avaliado em mais de US$ 50 milhões de mercado, o que a faz ser a fintech mais valiosa do Brasil atualmente. Já fica também na frente de bancos tradicionais brasileiros, como o Itaú, que está avaliado em US$ 42 bilhões e figura na Nasdaq. As expectativas é que o “Roxinho” ultrapasse facilmente essa marca.
Fintech registrou o primeiro lucro de sua história
No presente mês, o Nubank registrou o primeiro lucro de sua história, desde a sua criação em 2013. Segundo os dados da própria fintech, os resultados do primeiro semestre de 2021 fecharam com um superávit de R$ 76 milhões.
Para efeitos de comparação, se analisado o mesmo período no ano passado, o Nubank teve um prejuízo de R$ 95 milhões. Mesmo que para uma fintech que é avaliada em bilhões de dólares, ter um lucro e sendo ele o primeiro em sua história, é sim algo bastante positivo, ainda mais em vésperas de um IPO.
No mês de junho, o Nubank atingiu a marca de 40 milhões de clientes, se consolidando no grupo dos 3 bancos do país com o maior número de clientes. Em média, a fintech consegue 40 mil novos clientes todos os dias, também ressaltando que exerce atividades também no México e Colômbia, outros países emergentes da América Latina.