O Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) divulgou uma pesquisa referente aos anos de 2017 e 2018 que mostrou que 83,3% dos brasileiros viviam com algum acesso a serviço financeiro, além de que 66,2% tinham acesso à conta-corrente. O número provavelmente aumentou desde a pandemia, com a bancarização pelo Caixa Tem.
O acesso ao cartão de crédito também atinge metade dos brasileiros, com 55,9% tendo acesso à caderneta de poupança e 19,5% ao cheque especial. A pesquisa também levou em consideração outros detalhes, como característica dos integrantes da família e número de integrantes.
Região Sudeste é a que tem o maior número de acesso à conta-corrente
Os valores do IBGE indicam que quatro quintos da população brasileira tiveram acesso a algum tipo de serviço financeiro no período da pesquisa. A Região Sudeste é a que apresenta a maior disponibilidade de serviços financeiros, onde pelo menos 37,1% têm algum tipo de acesso a bancos, seguida da região Sul e Centro-Oeste.
Tomando por base a residência da família, 43,8% tinham entre 25 a 49 anos de idade e 24,4% tinham entre 50 e 64 anos. 36,6% eram brancos, 45,5% pretos e pardos, com uma diferença um pouco maior de homens do que mulheres.
Um detalhe que chamou a atenção é que apenas 13,5% têm ensino superior completo, o que mostra que mesmo com o aumento do incentivo pela educação e programas sociais, ainda não temos uma base ampla de graduados no país.
Despesa per capita
A despesa mensal per capita por indivíduos em serviços financeiros foi de R$ 124,79, sendo R$ 115,35 na área urbana e apenas R$ 9,44 na área rural. Empréstimos e parcelamentos de imóveis, automóveis e motos estão entre os maiores gastos (R$ 95,51 por pessoa).
Já na movimentação financeira per capita durante o mês, o maior destaque é para aplicações (R$ 104,90) e resgate (R$ 75,55). Mais uma vez a região sudeste registrou a maior despesa mensal com serviços financeiros, de R$ 58,73 por indivíduo.
Os homens também contribuíram com as maiores parcelas de investimentos e também mostraram que pessoas que têm o ensino superior completo contribuíram em média de R$ 52,40 mensais.
Grau de satisfação das famílias em relação ao consumo
Os graus de satisfação da renda familiar variam de acordo com os entrevistados. Porém, a grande maioria (72,4%) dos brasileiros afirmaram que tinham algum nível de dificuldade financeira. Também afirmaram na pesquisa do IBGE dívidas de pagamentos cotidianos, como água e luz e 37,5% relataram dificuldades para pagar bens e serviços.
A pesquisa que abordou vários tipos de investimento, desde conta-corrente ou renda variável, o grau de satisfação com a situação financeira aumenta de acordo com o grau de escolaridade, onde geralmente os que tinham nível superior se mostraram mais satisfeitos. Já para quem tinha até ensino fundamental, o nível de infelicidade financeira subia para 41,9%.