França deve ter maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial

A França pode registrar em 2020, em consequência do impacto econômico do coronavírus, sua pior recessão desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afirmou o ministro da Economia, Bruno Le Maire.

“O pior dado de crescimento que a França registrou desde 1945 foi em 2009, depois da crise financeira de 2008, de -2,2%. Provavelmente estaremos muito além de -2,2% este ano”, advertiu o ministro francês.

O resultado de -2,2% corresponde à primeira avaliação feita na época. Posteriormente, o resultado foi revisado para -2,9%, explicou o ministro. “Isto mostra a magnitude do choque econômico que enfrentamos”, completou Le Maire durante uma audiência da Comissão de Relações Econômicas do Senado.

A França entrará na terça-feira na quarta semana de confinamento, que deixou muitos setores econômicos totalmente paralisados.

Em seu orçamento revisado, adotado em março, o governo francês projetava uma recessão de 1% este ano, mas Le Maire afirmou poucos dias depois que o impacto sobre a economia seria muito maior.

De acordo com o Instituto de Estatísticas da França, um mês de confinamento custaria ao país quase 3% do PIB em um ano. Dois meses de confinamento custariam uma recessão de quase 6%.

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Recessão global já é certeza

Só nos EUA, o número de solicitações de seguro-desemprego subiram para quase 10 milhões em 2 semanas. Milhares de empresas estão com dificuldades de pagar seus funcionários, por isso, ou estão demitindo, ou estão abrindo falência. Com isso, o impacto econômico pode se tornar ainda mais grave do que está sendo imaginado.

As características do Coronavírus tornam difícil abrir qualquer prognóstico. Com isso, a incerteza aumenta ainda mais o medo entre investidores, empreendedores e trabalhadores. Governos já estão preparando pacotes de “estímulos” econômicos para evitar uma crise ainda maior.

Segundo a FGV, o Brasil deverá ter uma recessão de mais de 4% do PIB. Isso obriga o governo a abrir mão da política de responsabilidade fiscal e aumentar seus gastos, o que diminui os impactos econômicos no curto prazo, mas aumenta a fragilidade das contas públicas nos próximos anos.

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O crescimento da China deverá ser o menor em décadas, o que diminui ainda mais a dinâmica da economia mundial. Os chineses ainda são grandes importadores e os principais parceiros comerciais de vários países, principalmente do Brasil. 

O Credit Suisse espera uma recessão de 5,3% do PIB norte-americano, a maior recessão da história. Para piorar o cenário, os EUA são o novo epicentro da pandemia do Coronavírus, o que pode aprofundar ainda mais a crise.

Nesse momento, as pessoas e empresas estão optando por liquidez, isto é, manter dinheiro em caixa, cortar gastos e formar uma reserva de emergência para passar por esse momento difícil.

Coronavírus poderá mudar o mundo que conhecemos

Muitas empresas já estão adotando o regime home-office e comércios estão migrando para o digital. Muitos negócios vão perceber que não faz mais sentido ter gastos elevados com espaços físicos, projetos que não dão retorno financeiro e custos desnecessários. Algumas empresas deverão ficar mais enxutas.

O fato é que essa mudança poderá ocorrer mais rápido do que imaginamos. A tecnologia já está desempenhando um papel fundamental nisso. Uma certeza que podemos levar depois que tudo isso passar, é que o mundo não será mais o mesmo. Caso queira entender com mais detalhes, veja o texto abaixo:

Adaptado de uma matéria no G1

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