De acordo com as informações disponibilizadas pela Agência Brasil, o Banco Mundial elevou a projeção de crescimento da economia brasileira para 5,3%, e a projeção de julho foi de 4,5%. Mesmo com o crescimento, o valor ainda é inferior à previsão inicial.
“A economia brasileira melhorou muito e, provavelmente, o crescimento chegará a 5,3% este ano”, observou o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe William Maloney. O economista destacou ainda que a economia brasileira não teve um bom desempenho, tendo uma queda de 4,1% em 2020. Para ele, a incerteza política afasta os investimentos do país.
De acordo com William Maloney, “É importante enfatizar que a região, de modo geral, e incluindo o Brasil, já não tinha um bom desempenho antes da crise”.
Economia abaixo do esperado
Mesmo que o Banco Mundial projete crescimento, a situação econômica ainda é insatisfatória, pois o crescimento neste ano deve ser de 6,3%. Esse cenário econômico considera principalmente as perspectivas de queda no número de óbitos por Covid-19 e o avanço da vacinação.
Desse modo, apesar dos fatores esperados, se a última previsão do Banco Mundial for mantida, o Brasil pode não atender aos requisitos econômicos necessários.
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Expectativas para a economia brasileira
O Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos também deve ser inferior ao da América Latina e do Caribe, que deve crescer 2,8%.
Além disso, segundo os dados mais recentes, a previsão para o PIB do Brasil é:
- 2021: 5,3%;
- 2022: 1,7%;
- 2023: 2,5%.
Pensando no “pós pandemia” o especialista indica um caminho econômico. “Precisamos nos concentrar nos problemas estruturais de longo prazo. Além de reduzir as incertezas no curto prazo”, defendeu.
“A boa notícia é que, com o ritmo mais acelerado de vacinação e a redução do número de mortes pela covid-19, a região está pouco a pouco saindo da crise e voltando a crescer. Apesar disto, e mesmo com alguns setores emergentes, a recuperação ainda é mais fraca do que esperávamos.
A projeção de crescimento regional de 6,3% é insuficiente para reverter a queda de 6,7% de 2020, reativar as economias e reduzir a pobreza. Há países crescendo mais, outros menos, mas, na média, ainda não estamos recuperando o que foi perdido”, completou Maloney.
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Aumento nos índices de pobreza
Ao falar sobre economia brasileira, o Banco Mundial também estimou que a taxa de pobreza na América Latina e no Caribe passou de 24% para 26,7%. A pobreza é vista como uma renda per capita de até US $5,50 por dia.
Além disso, o relatório analisou ainda mais a situação enfrentada neste momento. “Os alunos da região perderam de um a um ano e meio de tempo de estudo, e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas diminuiu mais do que durante a crise financeira global de 2008.
A boa notícia é que a campanha de vacinação vem ganhando impulso nos últimos seis meses. Embora ainda esteja longe da meta, reduziu o número de mortes por covid-19 na maioria dos países ”, afirma o documento.