Como sabemos, existem algumas segmentações presentes no mercado financeiro. Essas segmentações dependem da faixa salarial e o volume de investimentos do cliente. Com isso, quando estamos falando em segmentação bancária, o Private Banking é o topo de todas elas.
Em outras palavras, o Private Banking é o segmento destinado a clientes com um grande patrimônio, ou seja, no mínimo R$ 3 milhões de volume financeiro para aplicação, algo exigido pela entidade que autorregula os bancos (ANBIMA)
Assim, nesse artigo de hoje, iremos falar sobre as segmentações do mercado financeiro de forma mais resumida com foco nas vantagens e desvantagens do segmento Private, o topo de todas as segmentações.
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Segmentações financeiras no geral
Ao entrar em uma agência bancária e abrir uma conta, percebemos que há opções de pacote que estão ligadas a uma certa faixa salarial e volume de investimentos. Por exemplo, existem duas segmentações principais, varejo e alta renda. Para o público alta renda, o Itaú possui o segmento personalité, enquanto o Bradesco chama essa faixa de Prime e o Santander de Select.
Contudo, ainda que o cliente não possua uma renda salarial média acima de R$ 8 mil ou mesmo mais de 100 mil em investimentos, existe também no próprio varejo outra classificação com alguns benefícios extras em relação ao pacote base. O Itaú chama esse segmento de Uniclass, enquanto o Bradesco a chama de Exclusive e o Santander de Van Gogh.
Para essa faixa é exigido um ganho salarial médio entre R$ 4 mil e R$ 8 mil e existem atendimentos personalizados com gerentes da segmentação nas próprias agências comuns. Enquanto, para o público alta renda, existem agências exclusivas voltadas para esse segmento.
Afinal, o que é o Private banking e porque ele é importante para o banco?
Indo além do público alta renda, o Private Banking é a segmentação máxima que os bancos comerciais oferecem. Nesse sentido, tanto instituições mais voltadas para o varejo quanto instituições com foco em investimentos, oferecem o serviço, como XP, Credit Suisse e o BTG Pactual.
Dessa forma, o Private Banking é um serviço especializado na gestão de fortunas, e isso é bastante interessante para as instituições bancárias no geral, que, ao angariar esses clientes, conseguem captar grandes fortunas, que podem ser utilizadas pelo banco em suas operações.
Nesse sentido, quanto mais recursos para investir o cliente possui, mais interessante esse cliente é para o banco. A medida que esses tendem a usar mais serviços, tornando-se clientes vinculados e o seu dinheiro parado tende a gerar boas receitas para a instituição financeira.
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Como funciona e quem pode ser um cliente Private?
Como dito anteriormente, é necessário um mínimo de R$ 3 milhões segundo a autorreguladora (ANBIMA). Contudo, algumas instituições podem demandar mais ainda, há instituições que exigem no mínimo R$ 5 milhões como é o caso do Itaú.
Assim, caso o cliente esteja nos pré-requisitos, o banco irá convidá-lo a ser um cliente Private. O Private possui alguns serviços especializados, como consultoria de investimentos, tributária e patrimonial. Em outras palavras o serviço contempla as mais diversas áreas de planejamento financeiro da vida, como os planos de sucessão e de aposentadoria.
Além disso, o cliente Private tem a sua disposição serviços de carteira administra. Assim, um gestor junto a uma equipe de analistas e economistas escolhem a alocação de ativos para a carteira desse cliente.
Vantagens e desvantagens de se aderir a um serviço do tipo Private Banking
Assim como no varejo alta renda, o cliente Private tem privilégios com relação ao atendimento. O cliente é atendido em horário agendado e agência própria do segmento. Além disso, esse atendimento é realizado por um gerente também conhecido como “Banker”, um gerente altamente especializado na gestão de patrimônio.
É através do Banker que o cliente consegue acessar os mais diversos produtos financeiros e até mesmo exclusivos para o segmento. Outro ponto positivo é que também há a possibilidade de se obter um atendimento digital, onde o cliente consegue resolver as mais variadas questões sem a necessidade de comparecer a uma agência.
Ainda citando o conjunto de benefícios, o cliente Private paga taxas menores em relação aos outros segmentos. Contudo, indo para a parte das desvantagens é claro que não chega a ser uma propriamente, mas o alto valor requisitado complica a realização do desejo.
Além disso, a possibilidade de conflito de interesses a medida que o Banker eventualmente recomenda produtos do próprio banco, pode ser um fator negativo e deve ser motivo de atenção para o cliente que está procurando por esse tipo de serviço.
Outras formas de se obter consultoria financeira especializada
Existem as mais diversas formas de se obter um profissional qualificado para realizar uma consultoria, sem necessariamente ter um montante expressivo, como é o caso do Private Banking.
Até mesmo casas de recomendação prestam esse tipo de serviço, que também pode ser realizado por assessores e consultores especialistas.
O importante aqui é observar o valor cobrado pelo serviço e é claro, um potencial conflito de interesses. Esse tipo de serviço pode ser uma opção muito interessante para quem busca realizar um planejamento de longo prazo e não pode ou não quer dedicar aos estudos voltados para o planejamento financeiro.
Conclusão
É muito importante realizar um planejamento financeiro adequado. Independente da sua segmentação, busque ajuda de especialistas ou estude bastante sobre investimentos antes de aplicar o seu capital nos mais diversos ativos disponíveis.
Como vimos, o Private se mostra uma excelente forma de se conseguir uma gestão de patrimônio junto a um serviço bastante especializado e personalizado. Contudo, há de ressaltar mais uma vez que é necessário acumular um alto valor patrimonial para se aderir ao serviço.
Por outro lado, temos as mais variadas opções de consultoria e assinaturas de casas de investimentos disponíveis. Com isso em mente, mãos na massa caro investidor, muito estudo e foco no longo prazo.
