O banco de investimento BTG Pactual lançou nesta segunda-feira (05) seu primeiro fundo local com gestão ativa que investe em Bitcoin (BTC).
Ano passado a empresa já havia lançado um produto para aplicação no fundo da fintech Hashdex. Seu principal objetivo era avaliar o interesse dos investidores brasileiros por fundos que investem em criptoativos, ao que parece deu certo, com uma captação de R$ 400 milhões.
Agora, através da sua própria estratégia em criptoativos, o BTG Pactual Bitcoin 20 FIM tornará a aplicação no criptoativo mais acessível, simples, rápida e segura.
Aporte de R$ 1
O BTG Pactual Bitcoin 20 FIM terá um aporte mínimo de R$ 1, o que é impressionante se imaginarmos que um único Bitcoin custa quase US$ 60 mil (R$ 342 mil).
“É um ativo que tem bastante demanda mundo afora e não tem tanta oferta no Brasil. Achamos que, com nossa expertise em distribuição e tecnologia, poderíamos colocar isso num pacote que fosse mais fácil para o investidor acessar, com baixo custo”, afirma Will Landers, chefe de renda variável da BTG Asset Management.
Leia também:
Entendendo o que é Bitcoin e qual é a sua utilidade
Além disso, não há taxa de performance e a taxa de administração é de 0,5%, menor que a taxa do fundo de fundos FIC Hashdex, no qual comentamos acima.
Segundo o chefe de renda variável da BTG Asset Management, a escolha pelo Bitcoin ao invés de outras criptomoedas, facilita o melhor acompanhamento do ativo por parte dos investidores. Outra preocupação foi em relação à liquidez, hoje o Bitcoin apresenta a maior liquidez entre as demais criptomoedas, viabilizando ao fundo dar saída diária.
Preocupação com o meio ambiente
A preocupação do fundo vai além do criptomercado. Sabemos atualmente que a mineração do Bitcoin demanda alto consumo elétrico, o que no longo prazo é prejudicial ao meio ambiente. Pensando nisso, o fundo compra crédito de carbono, mostrando preocupação com os impactos ambientais, sociais e também de governança.
Bitcoin: Ame ou odeie
Não é de hoje que o Bitcoin divide opinião entre os grandes investidores globais, uma verdadeira relação de amor e ódio. Mas fato é que, a criptomoeda obteve multiplicação do seu valor em mais de dez vezes, reforçado pela valorização do ativo e valorização do dólar.
Para o gestor do fundo, mesmo que haja uma forte valorização nos últimos tempos, ainda há muito espaço para crescimento da criptomoeda, tendo em vista sua maior aceitação pelos investidores e também por diversas empresas, como Tesla, Microstrategy e outras multinacionais, além de governos de todo o mundo.
Além disso, uma menor atratividade nos investimentos de renda fixa, abre espaço para que o mercado se sinta estimulado a buscar alternativas de maior risco e da necessidade de proteger o patrimônio da inflação.
Ainda não foi informado o número esperado para captação do novo fundo no mercado, mas segundo Landers “mas não soltamos produtos que não sejam para centenas de milhões de reais em alguns trimestres”.
Em suma, além do novo fundo, o banco lançará novos produtos no universo dos ativos digitais para outros perfis de público, como os investidores institucionais.