Nesta última quinta-feira (03), o Presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva que irá proibir pessoas e empresas com residência no país a investirem em 59 companhias do setor de indústria da defesa com sede na China. O objetivo é combater as ameaças que possam ser feitas à segurança nacional dos Estados Unidos.
O decreto assinado por Joe Biden concretiza um acordo que já havia sido discutido anteriormente pelo seu antecessor Donald Trump, que já havia declarado em 2020 “emergência nacional” a atividades chinesas ligadas ao grande complexo militar industrial do país asiático e a sua presença em programas de inteligência, como espionagem.
Medida quer que o dinheiro norte-americano não fortaleça o rival asiático
Joe Biden acredita que o “uso de tecnologia de vigilância chinesa fora da China” poderia fortalecer a prática de abusos de direitos humanos que acontecem tanto dentro como fora do território do país asiático e que os Estados Unidos não vão mais colaborar com isso.
Nesse momento, uma das prioridades da Política Externa da Administração do Democrata Joe Biden é se estabelecer na frente da concorrência chinesa. Entre as empresas que estão na lista do Departamento do Tesouro se encontram algumas potências chinesas, como a Huawei e a Corporação de Indústria de Produção de Semicondutores.
Surpreendeu que a Xiaomi não esteja na lista, que é a principal rival da Huawei no mercado de tecnologia na China. A Xiaomi processou o Governo dos EUA em fevereiro, justamente por ser incluída na lista de companhias proibidas por Donald Trump, sendo que alguns dias depois o Tribunal de Washington deu causa ganha para a empresa chinesa.
Ordem de Biden elevou as restrições comerciais com a China
A ordem de Biden elevou de 48 para 59 o número de objetivos de restrições comerciais, ao incluir na ordem empresas que oferecem tecnologia de vigilância e espionagem. O Decreto também concede ao Departamento de Tesouro as obrigações, anteriormente isso era de compromisso do Pentágono.
A escassez de semicondutores é vista como um ponto chave na administração de Biden. Várias fábricas automobilísticas dos EUA tiveram de parar as suas atividades nos últimos meses, porque a pandemia reduziu muito a procura e acarretou uma dificuldade de abastecimento, consequência direta da dependência chinesa.
Vale ressaltar que a proibição entrará em vigor apenas em agosto, e os investidores que já possuíam estes ativos em suas carteiras terão até 12 meses para se desfazerem das empresas chinesas que agora estão incluídas nas listas de restrições.
Ordem de Joe Biden chega justamente na prévia de reunião com G7
A ordem administrativa de Biden chega um pouco antes de uma reunião comercial com o G7, em que tanto China como os Estados Unidos fazem parte. Essa medida faz parte das campanhas de endurecimento da Casa Branca com Pequim, dando continuidade ao que Trump havia começado.
Em suma, é importante lembrar que não apenas os Estados Unidos e Joe Biden, mas outros países da cúpula internacional como o Reino Unido, são contra as opressões econômicas e de expressão que a China travou contra Hong Kong e Taiwan.