Na última terça-feira, (13), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a criação de um Exchange Traded Fund (ETF) que replica o desempenho da criptomoeda Ether, token da blockchain Ethereum. Negociado na B3 sob o ticker QETH11, o fundo possui como gestora a QR Asset Management.
Nesse sentido, a aprovação veio após um mês da QR lançar seu primeiro ETF de Bitcoin na B3, o QBTC11. A replicação de desempenho será feita através do índice CME CF Ether Reference Rate.
Com isso, o ETF lançado pela empresa se tornou o primeiro ETF da América Latina a replicar o desempenho do Ether. Como efeito de comparação, apenas o Canadá possui um produto financeiro semelhante e autorizado por um órgão regulador.
Dessa forma, agora os brasileiros poderão investir no criptoativo através das corretoras tradicionais da bolsa de valores. Ou seja, não é necessário abrir uma conta em Exchange de criptoativos e comprar diretamente o Ether.
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Não foi o primeiro da QR
Como dissemos anteriormente, em junho, a QR Asset Management lançou na Bolsa de Valores um ETF 100% exposto em Bitcoin. Desde então, o fundo já acumula 727 BTC sob sua gestão, o que equivale a R$ 122 milhões. Nesse sentido, segundo a própria gestora, nessa última terça-feira, o ETF bateu recorde de negociação na B3. Foram negociados um total de R$ 41,884 milhões.
Nesse sentido, os sucessos dos ETFs expostos em criptomoedas têm mostrado o apetite na diversificação da carteira em criptoativo. A praticidade de investir em um ETF exposto em criptomoedas como se fosse uma ação, tem atraído estes investidores. O motivo é que é um produto financeiro já conhecido por eles.
Segundo a nota da QR Asset, “não é mais necessário cadastro em exchanges, criação de chaves privadas ou preocupação com custódia segura, uma vez que o fundo conta com custódia de nível institucional em deep cold storage, provida pela Gemini”.
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Hashdex também consegue ETF em ETH
Além da QR, a Hashdex também conseguiu aprovação da CVM para o lançamento de um ETF exposto em ether. O produto financeiro atuará sob o ticker ETHE11, investindo 100% do patrimônio em ether. Contudo, ainda não há data confirmada para o lançamento do produto. Também não foram informadas taxas e responsabilidade de custódia.
Segundo Roberta, Chief of Growth da Hashdex, “é uma nova forma de dar exposição a esse ativo que gostamos muito”.
Além disso, afirmou que “é uma grande evolução tecnológica” e será base das novas fintechs, utilizando DeFi, smart contracts, etc. Também afirma que oferecer acesso ao Ethereum é oferecer ao investidor a possibilidade de obter rentabilidade através da tecnologia blockchain
Recentemente, a HASH11, ETF da Hashdex, se tornou o segundo maior em número de cotistas, contando com 131,7 mil investidores.
Ele só fica atrás do ETF IVVB11, da BlackRock, o qual replica o índice acionário S&P 500, dos Estados Unidos. Este conta com 156,1 mil cotistas. Em terceiro lugar, está o ETF BOVA11, que replica o índice Ibovespa e conta com 112 mil investidores.
Com isso, o Brasil é um dos países com mais produtos de investimentos expostos ao criptoativos no mercado financeiro tradicional. Por exemplo, hoje, o Canadá é o único país além do Brasil a ter um ETF negociado em bolsa.
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