Entre os países do G20, que é o grupo composto pelas 20 maiores economias do mundo, o Brasil nos últimos doze meses figura na terceira colocação no ranking de maior inflação. O Brasil apenas fica atrás no ranking da Argentina, com uma inflação de 51,8% no período e a Turquia com uma taxa de 19,3%.
Outros países desenvolvidos também registraram um aumento leve da inflação no período, como o Reino Unido e a França, que inclusive fazem parte do G7, grupo dos 7 países mais ricos do mundo e onde o Brasil não está inserido.
Inflação no Brasil vêm aumentando ao longo do ano
A inflação acumulada nos últimos 12 meses no Brasil vêm aumentando mês a mês. A inflação, que já era de 9% em julho, passou para 9,7% em agosto. Para efeitos de comparação com a França e Reino Unido, o índice de inflação está muito maior aqui, sendo que nos países europeus o registro de agosto é de 1,9% e 3%.
No comparativo geral dos países do G20, a inflação anual fechou em 4,5% no mês de agosto, considerando que alguns países tiveram índices baixos ou até negativos, como o -0,03% do Japão. Nos Estados Unidos, o índice ficou em 5,4%, bem maior do que os países europeus e até na frente da Índia.
Entre os preços que mais estão pesando, podemos citar os gastos com energia, que tiveram uma taxa anual de inflação de 18% nos países do Ocidente, o que representa a maior elevação desde a crise de 2008.
Alimentos também puxam alta dos preços no mundo
A alta do preço dos alimentos também teve uma acelerada, mesmo que tenha caído no mês de julho, saindo de 3,6% para 3,1%. A inflação anual também aumentou em outros países que são emergentes, assim como o Brasil. Na África do Sul esse aumento saltou para 5,1% em agosto, na Rússia saltou para 6,7% e na Indonésia saltou para 1,6%.
A Argentina continua a ter disparadamente o maior aumento de preços dos países que integram o grupo do G20, fechando o mês de agosto com uma taxa de 51,4%. Em seguida aparece a Turquia, com 19,3%. E logo atrás aparece o Brasil, que inclusive tem uma previsão de inflação para 2022 que se mantenha entre 8 a 9%.
Prévia inflacionária é a maior desde a criação do plano real
O mercado financeiro prevê que pode acontecer uma redução dos preços no Brasil nos últimos três meses do ano, onde o índice iria fechar 2021 cotada em 8,51%, confirmada pelo Boletim Focus do Banco Central.
Para 2022, a previsão da inflação é de 4,14%. O Presidente do Banco Central, Rodrigo Campos Neto, realizou uma previsão nesta última segunda-feira onde avaliou que a taxa de inflação no país deve atingir o seu pico em setembro e de acordo com a previsão, finalmente irá começar a cair a partir do mês atual.