O sistema previdenciário brasileiro tem sido alvo de críticas e polêmicas há anos, mas sempre acaba caindo no esquecimento do povo, que desde cedo é iludido pelo sonho da aposentadoria. Desde a sua criação, diversas falhas e problemas têm sido apontados, afetando tanto os trabalhadores quanto o governo e a economia como um todo.
Neste artigo, vamos explorar algumas das principais falhas do sistema previdenciário brasileiro.
Desequilíbrio financeiro
O sistema previdenciário brasileiro enfrenta um sério desequilíbrio financeiro. O principal motivo é o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, o que tem aumentado os gastos com aposentadorias e pensões. Isso significa que o sistema está gastando mais do que arrecada, gerando um déficit crescente que precisa ser coberto pelo governo. Outro dado é que em tempos não tão passados, os casais acabavam optando por ter diversos filhos que no futuro viriam a ser trabalhadores e contribuintes desse sistema e hoje isso não é mais uma realidade, pois quando muito querem os casais optam por ter apenas um filho;
Regras complicadas
O sistema previdenciário brasileiro é extremamente complexo, com regras difíceis de entender e seguir. Existem diversas modalidades de aposentadoria, cada uma com suas próprias regras e exigências. Isso dificulta a vida dos trabalhadores, que muitas vezes têm dificuldade em saber quando vão se aposentar e quanto vão receber. Além das diversas mudanças que acontecem rotineiramente para remanejar situações e fazer com que os atuais beneficiários tenham seus benefícios respeitados, independente de queda no número de contribuintes (e futuros beneficiários, diga-se de passagem);
Dificuldade em obter benefícios
Outra falha do sistema previdenciário brasileiro é a dificuldade em obter benefícios. Muitas pessoas esperam anos para conseguir se aposentar ou receber uma pensão, o que gera uma enorme insegurança financeira. Além disso, muitas vezes os benefícios são negados injustamente, o que obriga os trabalhadores a recorrerem à Justiça para obter o que é seu por direito, o que significa uma dor de cabeça tremenda e o choque de realidade que contar com algo assim é extremamente arriscado;
Desigualdades sociais
O sistema previdenciário brasileiro também contribui para acentuar as desigualdades sociais. Isso porque as pessoas que ganham mais contribuem mais para o sistema e, consequentemente, recebem aposentadorias e pensões maiores. Já as pessoas que ganham menos acabam recebendo benefícios mais baixos, o que pode gerar um quadro de pobreza na velhice ou até mesmo de uma necessidade latente de se continuar trabalhando mesmo já preenchendo os requisitos para se aposentar pelo fato de que os recebimentos mensais serão bastante reduzidos em relação ao que se receberia estando trabalhando;
Falta de transparência
Outra falha do sistema previdenciário brasileiro é a falta de transparência. Muitas vezes, as informações sobre o sistema são difíceis de obter ou são incompletas, o que dificulta o acompanhamento e o controle social. Além disso, as contas do sistema previdenciário são integradas ao Orçamento Geral da União, o que torna difícil distinguir os gastos com previdência dos demais gastos governamentais, além da abrir um grande precedente para casos de corrupção que são mais do que presentes em nosso país;
Defasagem do valor dos benefícios
Por fim, é importante destacar a defasagem do valor dos benefícios previdenciários. Muitas pessoas recebem aposentadorias ou pensões que não são suficientes para garantir uma vida digna na terceira idade. Isso é particularmente grave quando se considera a inflação, o aumento do custo de vida, especialmente em relação aos gastos com saúde e cuidados pessoais. Não são poucos os casos em que nem plano de saúde é possível custear com a aposentadoria, posto que os valores cobrados são mais altos devido ao avançar da idade.
A verdade é que o sistema previdenciário brasileiro enfrenta diversas falhas e problemas que precisam ser enfrentados pelo governo e pela sociedade como um todo. É necessário repensar as regras e exigências para a aposentadoria, melhorar a transparência e o controle social, além de garantir que os benefícios previdenciários sejam suficientes para garantir uma vida digna na velhice. Além disso, é importante buscar soluções para o desequilíbrio financeiro do sistema, que é um dos principais desafios a serem enfrentados.
Uma das possíveis soluções para melhorar o sistema previdenciário brasileiro seria a reforma da previdência, que tem sido objeto de discussões e debates nos últimos anos, mas uma boa parcela da população insiste em se enganar dizendo não ser necessário, e se continuar assim o país acabará vivenciando um colapso nesse quesito. Uma reforma da previdência bem pensada poderia contribuir para a sustentabilidade do sistema a longo prazo, reduzindo o déficit e garantindo a continuidade do pagamento dos benefícios. No entanto, é importante que essa reforma seja equilibrada e justa, evitando que os trabalhadores mais vulneráveis sejam prejudicados.
Outra medida que poderia contribuir para melhorar o sistema previdenciário seria a promoção de políticas públicas que incentivem o mercado de trabalho formal e o aumento da renda dos trabalhadores. Isso poderia aumentar a arrecadação previdenciária e reduzir a dependência do sistema em relação ao orçamento público.
É importante destacar que a melhoria do sistema previdenciário brasileiro é uma tarefa que exige o engajamento de toda a sociedade. É necessário buscar soluções que garantam a sustentabilidade financeira do sistema, a justiça social e a dignidade na velhice. Somente assim poderemos construir um sistema previdenciário mais justo e eficiente para todos os brasileiros.
Não podemos deixar de fazer uma comparação simples (que é o principal papel do Investificar: apontar melhores caminhos), embora o sistema previdenciário brasileiro seja uma importante fonte de segurança financeira na velhice, muitos especialistas argumentam que os investimentos próprios podem ser mais rentáveis do que a previdência.
Uma das principais razões para isso é que os investimentos próprios oferecem mais controle e flexibilidade em relação aos investimentos previdenciários. Enquanto o sistema previdenciário é gerenciado por órgãos governamentais e os benefícios são pré-determinados, os investimentos próprios permitem que os indivíduos escolham suas próprias estratégias de investimento e assumam um maior risco para buscar maiores retornos.
Outra vantagem dos investimentos próprios é que eles podem oferecer retornos mais elevados ao longo do tempo. Isso ocorre porque os investidores têm a capacidade de escolher entre uma ampla gama de ativos, incluindo ações, títulos e fundos, que geram maiores retornos do que a taxa de retorno garantida pela previdência e não são liberados simplesmente em valores pequenos que o beneficiário pode nem vir a aproveitar no caso de morte fora de hora mesmo na terceira idade.
Além disso, os investimentos próprios podem oferecer maior flexibilidade em relação à retirada total de fundos, o que não acontece com a previdência convencional. Enquanto os benefícios previdenciários geralmente são pagos em parcelas mensais e limitados a um valor máximo, os investimentos próprios permitem que os investidores retirem fundos a qualquer momento e em qualquer quantidade que desejarem.
E você, acredita que a previdência é o suficiente para aproveitar os seus últimos anos de vida?