Primeiramente é importante ressaltar que os tokens não fungíveis, também chamados de NFTs, protagonizaram o ano de 2021 e tudo indica que esse mercado continuará crescendo em 2022.
Nas inúmeras possibilidades de NFTs, temos obras de arte, música, ativos digitais colecionáveis, domínios de sites, entre outras coisas que tenham valor. Nesse sentido, tudo que tenha potencial de verificação e desse modo podem ser tidos como propriedades e transformados em token.
Com isso, grande parte desse mercado, reside no ambiente virtual, por outro lado, uma parcela pequena de NFTs são registros de propriedade física, como, por exemplo, itens limitados e imóveis.
Dessa forma, no artigo de hoje, iremos debater sobre como esse mercado poderia contribuir para arrecadação de instituições de caridade.
NFTs e o Metaverso como mecanismos para se angariar receitas
Ao passo que caminhamos para uma realidade virtual conhecida como metaverso, figuras públicas e empresas podem estar a alguns metros à frente da maioria dos civis, o que coloca nas mãos dos mais engajados a chance de tomar as primeiras decisões nessa nova versão de filantropia.
Por outro lado, a tecnologia aproxima e traz visibilidade para instituições de caridade que por sua vez, poderão criar realizações convidativas ao mesmo tempo, em que revolucionam seu método para arrecadar fundos.
Um bom exemplo de bom uso desse príncipio foi o leilão realizado com os trabalhos dos artitas Blake Kathryn, Chad Knight, Mat Maitland e MBSJQ que foram inspirados no ex-vocalista do Queen Freddie Mercury, os recursos foram doados pasra Mercury Phoenix Trust, uma instituição de caridade para pessoas com Aids
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NFTs de alguns artistas e empresas
A princípio temos o exemplo que ocorreu em março de 2021, um tweet que foi vendido como NFT em um leilão pelo cofundador e CEO do Twitter Jack Dorsey que levantou através do seu primeiro tweet milhões de dólares, o valor foi transformado em Bitcoin e distribuído para instituições de caridade.
Assim como o caso do ator William Shatner do filme Jornada nas Estrelas que vendeu 10 mil pacotes com aproximadamente 125 mil cartões colecionáveis de NFTs com imagens de sua carreira e vida privada.
Por outro lado, ao patentear um projeto NFT chamado de Cryotokicks, a empresa Nike possibilitou aos seus clientes vincular calçados físicos a versões digitais em alguns aplicativos e até negociá-los no mercado digital.
E temos também o exemplo da Kings of Leon, a banda americana que executou o primeiro leilão de um álbum tokenizado do mundo.
Nesse sentido, é viável idealizar que artistas e empresas comprometidos com ações sociais abracem atividades que envolvam a criação de NFTs com o propósito de ajudar instituições de caridade.
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Figuras públicas e a possibilidade de leilões de itens exclusivos
Um bom exemplo pode ser a Cantora, compositora, dançarina e empresária Beyoncé. A artista é fundadora da BeyGOOD, ONG que arrecada doações para instituições ao redor do mundo, pode se utilizar de sua imagem e produção músical para produção de NFT.
Nesse sentido, pensando em causas que envolvam as populações indígenas, o meio ambiente e soluções de energia renovável, temos Leonardo DiCaprio que é ator e filantropo em prol das causas ambientais. Depois que fez sucesso em 1998 criou a The Leonardo DiCaprio Foundation e foi anteriormente nomeado Mensageiro da paz.
Finalmente Oprah Winfrey a apresentadora, produtora e escritora que quebrou padrões ao liderar a audiência em The Oprah Winfrey Show. Em contrapartida, foi eleita em 2010 a personalidade mais caridosa do mundo, entre seus projetos podemos destacar o America ‘s Food Fund e suas ações para combater os efeitos do coronavírus.
Personalidades inspiradoras que ao tomarem iniciativa de embarcar no mundo digital dos NFTs podem influenciar outros artistas, inclusive figuras brasileiras.
Empresas envolvidas com instituições que podem utilizar NFTs
Agora alguns exemplos de empresas que de maneiras diferentes tem o nome de sua marca vinculado a ações e instituições de caridade. Nesse sentido, com a atualização e ampliação do universo virtual, acredita-se que empresas antes já engajadas, irão se atualizar para aumentar seus métodos de colaboração com instituições de caridade.
A princípio temos a Cielo (CIEL3), na qual incentiva e patrocina projetos sociais com ações voltadas para saúde, educação, acessibilidade, trabalho, esporte e cultura. Considerando suas escolhas no mundo físico, a área de jogos é um palpite para suas primeiras movimentações caso a empresa opte por utilizar NFTs.
Bem como, a pampili marca de calçados infantis com parceria com uma Organização sem fins lucrativos, a Plan Internacional no movimento Ser Menina, projeto com foco em educar, desenvolver e proteger meninas em sua fase de desenvolvimento.
Por outro lado, a Bosch fundada por Roberto Bosch realiza suas ações sociais com quatro objetivos: Projetos, colaboradores, ambientes e sociedade. Dentro de suas ações tem a Escola Forme onde jovens são capacitados para o mercado de trabalho.
Todavia a GE multinacional General Electric reúne colaboradores de diversos países em seu programa global chamado GE Volunteers que serve para realizar diferentes ações voluntárias em cidades em que a empresa tem fábricas ou escritórios.
Conclusão
Podemos dizer que os artistas e empresas citados anteriormente têm em comum o movimento voluntário, assim como preocupações sociais. Dessa forma, os mesmos podem aproveitar a tecnologia do DeFi para angariar fundos com as vendas de NFTs e assim contribuir com esses instiluições.
Além disso, os leilões de itens que podem se tornar tokens não fungíveis já são uma realidade, inclusive a possibilidade dessa nova experiência ser movimentada para ajudar os mais diversos tipos de causas sociais.
Desse modo, instituições de caridade podem futuramente envolver cada vez mais artistas e empresas em seus conceitos sociais, e essas parcerias podem ser mais decisivas com ideias inovadoras e ações grandiosas, como os casos de leilões de NFTs.
Logo, observar os movimentos seguintes que envolvem a temática será a real forma de entender como funcionará posteriormente essa proposta de NFTs e a nova realidade de instituições de caridade através dessa da arrecadação.