Se engana quem pensa que a força do Bitcoin está concentrada apenas nos países desenvolvidos. Nações como Turquia, Argentina, Filipinas e também o Brasil, marcados por um cenário de alta inflação nos últimos anos e ainda entendidos como países em desenvolvimento. E para o FED, mesmo com o avanço do BTC, a soberania do dólar não está ameaçada.
Na última semana, o Federal Reserve publicou um relatório onde comenta sobre a importância do dólar ao redor do mundo, no qual ele faz uma análise sobre as reservas internacionais do mundo, que ainda em sua maioria adotam o dólar. Ele também destaca o rápido crescimento das moedas digitais e a criação do yuan digital.
FED está confiante de que o mundo irá continuar utilizando o dólar
O FED entende que o mundo continuará utilizando o dólar como uma reserva de valor e também como um meio de troca, quase que deixando no ar uma rápida opinião de que não estão se importando com a expansão das criptomoedas sobre as moedas fiduciárias.
A revolução do Bitcoin está começando por países pequenos ou como já citado no primeiro parágrafo, que estão em desenvolvimento econômico. Até o momento apenas El Salvador adotou oficialmente a criptomoeda, porém outros países já comentaram em seus poderes legislativos sobre a adoção, como Argentina, Uruguai e Paraguai na América do Sul.
Dominância da moeda norte-americana como uma reserva de valor
De acordo com o último relatório do Federal Reserve, que mostra as reservas internacionais por cada moeda, sendo que o dólar representa 59,5% do total, porém o destaque é para o yuan chinês, que começou a ser adotado como reserva de valor desde 2016 e já representa 2,4% das ofertas hoje.
Esse detalhe do Yuan é chamativo, pois fica a frente até mesmo da oferta monetária em Bitcoin, que representa 2% de todo dinheiro no mundo. O texto do FED dá muitos indícios de como o órgão está bastante confiante que o dólar americano continue como reserva de valor em boa parte do mundo, mesmo com uma queda de 11,5% nas últimas 10 décadas.
Euro se mostra como moeda competitiva em relação ao dólar
Se o dólar americano é bastante popular em praticamente todos os países da América, isso não acontece na Europa, onde o euro é a moeda mais utilizada, além de conseguir competir de frente com o dólar nas últimas décadas.
O Governo Americano inclusive entende que o euro pode melhorar a sua valorização, desde que a separação política não atrapalhe os planos da moeda digital. O que acontece é que na União Européia algumas nações entendem que são menos favorecidas pelo euro, como Portugal, Espanha e Grécia e outras favorecidas, como Bélgica, Alemanha e França.
Já em relação as criptomoedas, sejam elas stablecoins ou CBDCs, o artigo mostra que a sua tecnologia pode reduzir a dependência internacional do dólar, que ainda é a principal moeda de referência para medir a cotação de produtos internacionais, como a cotação atual do petróleo.