Alguns números recentes estão ajudando o país a retomar aos poucos a sua economia, principalmente com a volta dos informais ao trabalho. A taxa de desemprego, apesar de uma leve queda, baixou de 14,6% para 14,1% no último trimestre, de acordo com os dados passados pelo IBGE.
Os informais estão entre os grupos mais frágeis e que consequentemente que mais sofreram com a chegada da pandemia. Porém, os números estão mostrando como esses trabalhadores estão conseguindo retomar aos poucos as suas atividades.
A maioria dos trabalhadores informais têm baixas qualificações e foram os primeiros a serem dispensados pelos seus patrões, situação essa que não aconteceu apenas no Brasil. Conforme a vacinação aumenta, pela sua mão de obra mais barata, estes também são os primeiros que conseguem retomar aos postos de trabalho.
Números do desemprego e como a economia está avançando de “forma lenta”
Desde 2012 o IBGE realiza um índice que mede a taxa de desemprego no país. Antes da pandemia, o desemprego no Brasil nunca havia passado de 14%, tendo chegado a 14,6% no em julho e caiu para 14,1% em agosto.
Muitos autônomos preferem não procurar por emprego e por conta disso, estão tocando os seus próprios negócios. Eles são do grupo que dependem da circulação das pessoas para trabalhar, como o ambulante, vendedor de cachorro-quente, os que trabalham em praias e o dono de um pequeno negócio que voltou a abrir.
Segundo o economista chefe da Genial Investimentos, os “informais foram os que mais perderam com a pandemia e com o isolamento social”. Agora com o avanço da vacinação, as pessoas que têm menos recursos serão as que mais irão precisar de renda.
Além dos detalhes sobre número de informais, IBGE divulgou dados sobre novos postos de trabalho
De acordo com os números do IBGE, foram gerados 2,1 milhões de novos postos de trabalho no país somente entre o primeiro e o segundo trimestre do ano. O grupo de autônomos e informais nem sempre estão registrados no Simples Nacional, somando um total de 24,8 milhões registrados em junho, o maior número desta categoria.
E conforme estes profissionais vão conseguindo sair do desemprego e retomar as suas atividades, eles conseguem reverter um fenômeno que se mostrou bastante particular durante a pandemia: entre os piores momentos da economia, a renda média dos brasileiros foi duramente afetada e caiu.
Detalhes sobre a evolução da renda média no país
Um mês antes do início da pandemia no país, o ganho médio mensal dos brasileiros era de R$ 2.,468, chegando a subir para R$ 2.651 em setembro, mesmo ainda com vários estados em situação crítica pela Covid-19.
Geralmente, o grupo de informais está na faixa do salário médio. No último balanço que foi realizado em maio de 2021, a renda média do brasileiro mensal era de R$ 2.480, apenas 12 reais a mais que antes da pandemia, porém com uma inflação bem maior, o que dificulta todo o orçamento familiar.