Com a popularidade das criptomoedas, a economia está em um processo de aceleração para deixar de ter negociações com o dinheiro físico e ficar inteiramente nas trocas digitais. Porém no caso da China, a nação pretende adotar uma versão física para a nova moeda, o yuan digital.
O país asiático é um dos mais avançados na produção de sua moeda digital do Banco Central (CBDC). As notas físicas serão carregadas com o lastro da nova moeda digital chinesa.
Entenda como irão funcionar as “paper wallets” da China
Na prática, estas notas irão funcionar como “paper wallets” (carteiras de papel), onde o dinheiro irá ficar armazenado. Já existem especulações de que o Banco Popular da China já está realizando pesquisas para desenvolver o yuan digital há pelo menos 7 anos.
A China já começou a realizar os testes da nova moeda digital no início deste ano, com o intuito de promover a transição natural do dinheiro físico para o digital. O que se está comentando muito é que caso a China entre totalmente no mundo digital, os idosos podem sentir esse impacto, além de pessoas pobres que não tem acesso a um smartphone. Por conta disso, o yuan digital terá uma versão física, pelo menos inicialmente
Um dos maiores debates hoje na China é a inclusão financeira, parecido ao que vêm acontecendo no Brasil através de programas como o Caixa Tem. E para resolver esse problema, o Banco Popular da China está projetando cartões especiais inteligentes, com um pequeno leitor de impressão digital.
Wallets físicas
Algumas empresas chinesas já estão desenvolvendo dispositivos físicos para realizar o armazenamento da CDBC. Dessa forma, os chineses vão poder realizar os pagamentos mesmo que tiverem offline.
Embora outras nações venham projetando a emissão de CBDCs, a China sem dúvidas está a anos à frente na produção de uma moeda digital fiduciária e no que diz respeito à digitalização de pagamentos. A Alipay é um dos métodos de pagamento mais avançados do mundo, produzido pela empresa chinesa de e-commerce Alibaba.
A projeção de CBDCS pelo mundo
Todas as CBDCs são centralizadas, por serem emitidas através de Bancos Centrais. Esse é um ponto que ainda gera desconfiança de vários investidores de criptomoedas pelo mundo. A pergunta é, como será possível negociar com uma CBDC e ter a mesma confiança que acontece através de um stablecoin?
Outro fator importante é que as moedas digitais de Bancos Centrais que pretendem tomar o mundo nos próximos anos, é que serão mais estáveis do que a volatibilidade que toma conta das criptomoedas descentralizadas.
A China está estudando inserir duas formas de CBDCs, tanto para utilização no varejo como também em atacado. Na primeira alternativa estão os maiores esforços, na tentativa de tornar o país ainda mais inclusivo economicamente, com a população não apenas bancarizada, mas também digitalizada.
Já quando pensamos no modelo de atacado para uma CBDC, está a tentativa de aumentar a eficiência e os custos de transações nacionais como também internacionais, ainda mais em uma super economia como a China.