O juro do cartão de crédito avançou em fevereiro, enquanto os juros do cheque especial caíram de 124,9% para 121% ao ano. Isso mostra uma queda em comparação ao mesmo período do ano passado, quando em março de 2020 os juros estavam em 130,6% ao ano.
Por outro lado, quando se refere ao juro rotativo do cartão de crédito, vemos um avanço de 326,8% ao ano para 334,9% ao ano no mês de março. Desse modo, esta é a modalidade mais cara no mercado de crédito.
O juro do rotativo do cartão de crédito se dá quando o cliente não paga o valor integral da fatura até a data de vencimento. Sendo assim, quando este valor não é controlado, acaba se tornando uma “bola de neve”, onde fica cada vez mais complicado parcelar ou quitar a dívida.
Os juros do cartão de crédito seguem elevados
A taxa para o cheque especial conta com um teto de 8% ao mês desde 2020. Esta regra acabou sendo imposta pelo Banco Central. Importante lembrar que esse percentual ao mês equivale a 151,8% ao ano.
Na última reunião, o Banco Central, através do Copom (comitê de política monetária), estabeleceu a taxa Selic em 2,75% ao ano. Quando se compara o percentual da taxa Selic e os juros no cartão de crédito, é possível ver que os dois tipos de juros seguem em patamar elevado.
Os juros médios do sistema financeiro se encontram atualmente em 28,6% ao ano. Por conta de ser exatamente um valor médio, podem variar para cada situação específica, uma vez que os bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano e condições para cada cliente.
Crescimento de crédito de 1,5%
Segundo o Banco Central, o estoque total de crédito no Brasil aumentou 1,5% em março na comparação com o mês anterior. Esse percentual corresponde a um montante de R$ 4,105 trilhões. Veja a variação dos juros nas modalidades de crédito em fevereiro:
- Cheque especial: caiu de 124,9% para 121% ao ano;
- Rotativo do cartão de crédito: subiu de 326,8% para 334,9% ao ano;
- Cartão de crédito parcelado: subiu de 167,1% para 167,6% ao ano;
- Crédito pessoal não-consignado: subiu de 86,4% para 87,3% ao ano;
- Crédito pessoal consignado: subiu de 18,8% para 18,9% ao ano;
- Compra de veículos: subiu de 20% para 20,6% ao ano;
- Financiamento imobiliário: caiu de 7% para 6,9% ao ano.
O efeito do crédito rotativo nas finanças
Quando o cliente paga uma quantidade menor do que o total da fatura, o valor restante entra na fatura seguinte. A partir em aberto são cobrados os juros. De forma resumida, isso significa que quando o cliente entra para o rotativo, ele está pagando juro em cima de juro no valor que não conseguiu quitar.
Esta modalidade de juros está entre as mais caras do mercado, segundo o Banco Central. Portanto, é importante que clientes de banco e instituições financeiras tenham cuidado para não entrar no crédito rotativo.
É preciso sempre informar quais são as taxas de juros cobradas pelo banco. Além disso, um bom controle e anotações a respeito dos gastos e vencimentos pode te auxiliar a manter a vida financeira em dia.
Além disso, sempre que possível, é importante que se quite o valor total da fatura, evitando assim qualquer tipo de juros. Esse cuidado deve ocorrer principalmente quando se trata dos juros do cartão de crédito, que são os mais caros do mercado.
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