É impossível negar que muitas pessoas acabaram adotando o e-commerce durante a pandemia, já que os meios digitais acabaram se tornando essenciais para diversos comerciantes e clientes. Junto a isso, aumentou-se o uso de ferramentas como PIX, utilização do cartão de crédito e uso de aplicativos nas finanças, principalmente com o fechamento de lojas físicas.
Essa tendência pode ser vista claramente nos números, que mostram que a maioria dos comerciantes já entenderam que para sobreviver em momentos como esses e garantir o lucro de seus negócios, é necessário se reinventar para as vendas pelos meios digitais, e o termo “e-commerce” nunca foi tão utilizado.
Um levantamento feito pelo Sebrae durante os meses de fevereiro e março deste ano mostrou que 7 a cada 10 empresas no Brasil passaram a utilizar algum meio digital para realizar suas vendas de produtos ou serviços, seja através de aplicativos, redes sociais ou sites do e-commerce.
Além disso, esses números também são parecidos quando estamos falando de microempreendedores individuais (MEIs) e na categoria de micro e pequenas empresas (MPEs), mostrando que na verdade a digitalização chegou no comércio em diferentes segmentos e até tamanhos de negócios.
E-commerce cresce 68% na pandemia
O sucesso do e-commerce na pandemia, que também pode ser chamado de comércio eletrônico ou comércio virtual, não é visto apenas na pesquisa do Sebrae. Segundo um registro de dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), esse tipo de comércio que utiliza os meios digitais cresceu 68% em 2020, na comparação com 2019.
Um dos motivos que levaram a migração para as vendas online foi justamente o fechamento de comércios físicos e as restrições em torno envolvendo estabelecimentos comerciais durante a pandemia, segundo apontou a mesma pesquisa realizada pela ABComm.
Importante dizer que o faturamento de vendas no e-commerce atingiu os R$ 126,3 bilhões no ano de 2020, enquanto um ano antes (2019) havia se atingido apenas R$ 75,1 bilhões, uma diferença de quase R$ 51,2 bilhões entre um ano e outro.
O e-commerce acelerou a digitalização no comércio brasileiro
O número de pedidos realizados por meio do e-commerce também avançou consideravelmente no ano de 2020. Durante o ano foram 301 milhões de pedidos realizados através da internet, e o ticket médio de todas essas compras foi de R$ 419,40, segundo pesquisa da ABComm.
Mas não para por aí. Uma pesquisa feita pela startup SumUp em maio do ano passado já apontava essa mudança quando cerca de 35% dos microempreendedores já adotavam o uso da internet em seus negócios. Em maio esse número passou para 70%, segundo essa pesquisa.
O diretor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo, Guilherme Campos, afirmou que “a pandemia acelerou a migração do negócio presencial para o remoto”.
Campos ainda acrescentou que “não houve saída diferente: quem ainda não utilizava o comércio digital teve de encontrar uma alternativa ao atendimento pessoal”. De qualquer forma, os meios digitais vieram para ficar de forma permanente em muitos dos casos, acelerando inclusive o processo de digitalização no Brasil.