O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do desemprego no Brasil nesta sexta-feira (26) e registrou a maior taxa média de desempregados do Brasil desde o início da série histórica em 2012.
Os dados apontaram que a taxa média anual de desemprego foi de 13,5%, que é 1,6 pontos percentuais mais alta do que a média registrada em 2019. O ano de 2020 terminou com aproximadamente 13,5 milhões de desempregados.
Esse número de desempregados teve um avanço positivo de 840 mil pessoas em relação a 2019, o que equivale a um aumento de 6,7%, segundo confirmou o próprio IBGE, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
Segundo o IBGE, no quarto trimestre de 2020, o número de pessoas que sentem a dificuldade da falta de trabalho foi de 32 milhões. Desse total, 5,8% acabaram desistindo de procurar oportunidade de trabalho. O IBGE classifica estas pessoas como subutilizadas.
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Isso significa incluir desempregados, os desistentes na procura pelo emprego, os considerados subocupados (trabalham menos de 40 horas semanais) e até mesmo os que poderiam estar trabalhando, mas que por algum motivo não o fazem.
Nesse sentido, o aumento de pessoas subutilizadas foi de 22,5%, o equivalente a 5,9 milhões de indivíduos, no comparativo do quarto trimestre de 2019 para o mesmo trimestre em 2020.
A média anual de pessoas subutilizadas foi de 31,2 milhões de pessoas, um aumento de 3,6 milhões de 2019 para 2020, o que representou um crescimento desse número em 13,1%, atingindo também o maior patamar já registrado pelo IBGE.
O rendimento domiciliar per capita também caiu em 2020. O valor de R$1380,00 registrado no ano passado é 4,2% menor que o de 2019, quando o IBGE registrou o valor de R$1439,00. O destaque positivo por estado ficou o Distrito Federal, com média de R$2475,00.
O destaque negativo ficou com o Maranhão com o valor médio de R$676,00, que é 51% menor que a média do país, enquanto no Distrito Federal a renda per capita domiciliar é superior a 79% mais alta que a média do Brasil, o que demonstra também a desigualdade dos estados.
A expectativa de avanços
Apesar da maior parte dos dados terem sido bastante negativos para o ano de 2020, principalmente por conta da crise causada pela pandemia do coronavírus e a guerra que o Brasil enfrenta contra a Covid-19 através das medidas de restrição, os dados trimestrais também apontam avanços.
De outubro a dezembro de 2020, a taxa de desemprego registrada foi de 13,9%, menor que a do trimestre anterior, que havia registrado cerca de 14,6%. A taxa também é menor que a registrada no segundo trimestre do ano passado, quando era de 13,3%.
Com isso, a taxa de desemprego registrada mês a mês tem a terceira queda consecutiva, o que dá uma expectativa de que retomada de ocupação da população brasileira está aos poucos sendo recuperada, trazendo uma oportunidade de dados melhores em 2021.