Pelo menos 20 soldados indianos foram mortos em um confronto com as forças chinesas em Ladakh, na região disputada da Caxemira, disseram autoridades indianas. O incidente segue tensões crescentes e é o primeiro choque mortal na área de fronteira em pelo menos 45 anos.
O exército indiano disse inicialmente que três de seus soldados haviam sido mortos, acrescentando que ambos os lados sofreram baixas. Contudo, mais tarde nesta terça-feira (16/jun), autoridades disseram que vários soldados ficaram gravemente feridos e morreram devido a seus ferimentos.
O Ministério de Relações Exteriores da Índia acusou a China de quebrar um acordo firmado na semana anterior para respeitar a Linha de Controle Real (ALC) no Vale Galwan. A violência entre dois exércitos no alto do Himalaia é muito séria, e a pressão sobre as duas potências nucleares aumentará, para não permitir uma queda no conflito em grande escala.
Região onde o conflito acontece
O que os dois lados disseram sobre o incidente?
No início da terça-feira, o exército indiano disse que três de seus soldados, incluindo um oficial, morreram em um confronto na área.
O documento acrescentou que “17 tropas indianas que foram gravemente feridas no cumprimento do dever” e morreram devido aos ferimentos, elevando o “total de mortos em ação para 20”. A China não confirmou nenhuma vítima, mas acusou a Índia, por sua vez, de atravessar a fronteira para o lado chinês.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que a Índia atravessou a fronteira duas vezes na segunda-feira (15/jun), “provocando e atacando funcionários chineses, resultando em sério confronto físico entre as forças de fronteira dos dois lados”, informou a agência de notícias AFP.
Ambos os lados insistem que nenhuma bala foi disparada em quatro décadas, e o exército indiano disse na terça-feira que “nenhum tiro foi disparado” neste último confronto. Como um confronto que não envolveu uma troca de tiros pode ser tão letal não está claro. Há relatos de que foi travado com pedras e paus.
Os meios de comunicação locais informaram que os soldados indianos haviam sido “espancados até a morte”.
Trecho da BBC
Coreias se estranham
Coreia do Norte explodiu durante a nossa madrugada (16/jun) com o escritório de cooperação com a Coreia do Sul em Kaesong, no seu lado da fronteira. Uma espécie de embaixada entre os dois países. O escritório destruído é perto do local na DMZ em que Kim encontrou Trump.
O escritório foi criado em 2018 como parte dos projetos de reconciliação entre as duas Coreias, tecnicamente em guerra desde a década de 50.
Depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se encontraram em 2019, havia esperança de que o regime comunista desistisse de seu programa de armas nucleares. Mas nenhum resultado concreto ocorreu desde então nesse sentido.
A explosão do escritório também aconteceu apenas um dia após o 20º aniversário da primeira cúpula inter coreana entre o pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, e o presidente sul-coreano Kim Dae-jung. O Ministério da Unificação da Coreia do Sul afirmou que já sabia que a explosão ocorreria.
Mercados praticamente ignoraram notícias
As notícias não impactaram nos preços das ações tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. A situação do conflito entre China e Índia já está acontecendo há pelo menos 20 dias. Soldados Chineses já circulavam na fronteira da região da Caxemira, que já é famosa por seus conflitos.
Além disso, as Coreias já estão em pé de guerra desde os anos 50. Portanto, isso não é novidade para os investidores. Mas caso os conflitos escalem, haverá consequências em toda economia mundial.
Conflitos entre países só mexem no mercado quando ocorrem ações inesperadas. Um exemplo foi o ataque dos Estados Unidos a uma base de soldados no Irã, matando o general Soleimani, o que mexeu com as bolsas ao redor do mundo no começo de 2020.
Um outro exemplo disso foi no dia do 11 de setembro, quando Osama Bin Laden ordenou um ataque terrorista ao World Trade Center. Pequenos conflitos geralmente são ignorados pelo mercado, mas passam a ser acompanhados de perto quando há um aumento de escala e países importantes entram no jogo.
O racional por trás disso tudo é simples: conflitos entre países restringem o comércio. China e Estados Unidos estão em guerra comercial desde 2018. E isso foi um dos principais fatores que contribuíram na desaceleração da economia mundial. Tanto é que o mercado já estava precificando uma recessão ainda em 2019.
Quando um ou mais países entram no conflito, há um enorme jogo de interesses. Atitudes de um país podem fazer com que outros países cancelem um acordo comercial, por exemplo.
É importante estar atento a estes eventos enquanto eles ainda são pequenos, porque se estiverem escalando demais, você poderá proteger sua carteira de investimentos. Mas se você é um investidor de longo prazo, isso pouco vai afetar em seu objetivo e na sua carteira.